Vereador recorre ao MP contra redução de velocidade nas marginais de São Paulo

Contra a redução de velocidade nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) protocolou uma representação no Ministério Público nesta segunda-feira (20).

De acordo com Matarazzo, por serem pistas expressas – ou seja, de maior velocidade – as marginais não deveriam sofrer com essa mudança. “São vias que servem a Região Metropolitana de São Paulo e que têm uma grande importância para a circulação”, afirma.

Outro argumento apresentado pelo vereador é a diminuição abrupta de velocidade. Em alguns locais, a alteração será de 120 km/h para 60 km/h, uma redução de 50%, o que, segundo ele, irá provocar muitos acidentes.

“Se a prefeitura fizesse o processo de zeladoria nas marginais, evitaria muitos acidentes, como gente atravessando na pista e motociclistas caindo”, declara.

Apesar de a redução ser anunciada há algumas semanas, Matarazzo só recorreu ao MP agora. “Eu imaginei que fosse reverter, mas passou o tempo e não aconteceu nada”, afirma.

Entenda: Nova velocidade máxima das marginais começa a vigorar nesta segunda-feira

Para o líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, a nova norma irá prejudicar a população. “O prefeito Fernando Haddad está causando um caos no trânsito da cidade”, opina.

A prefeitura de São Paulo alega que o aumento de velocidade nas marginais servirá para reduzir o número de acidentes – – já que, quanto mais rápido o veículo, maior a probabilidade de matar em caso de choque. Só no ano passado foram registradas 73 mortes – ou uma morte a cada cinco dias.

“A prefeitura precisa começar a ouvir a sociedade em vez de copiar essas medidas”, diz o vereador em relação a regra que segue tendência de países europeus. Um exemplo é o caso da Dinamarca, que, ao diminuir a velocidade máxima de trechos de rodovias de 60 km/h para 50 km/h, conseguiu reduzir em 24% os acidentes com mortes

Por Milena Carvalho – iG – Foto: José Luis da Conceição/GOVESP