Uber inicia testes de gravação de vídeo na cidade de São Paulo

A Uber iniciou nesta semana um piloto de gravação de vídeo durante viagens com o aplicativo em São Paulo, após o recurso ser usado em outras cidades do País. A novidade, utilizada por meio de um app parceiro, permitirá que os motoristas usem a própria câmera do celular para, quando assim desejarem, gravar todas as viagens realizadas com a Uber.

A filmagem está sendo testada como uma alternativa para o registro das viagens com imagens pelos motoristas parceiros. Se implementada, a solução estará disponível a qualquer um que queira dirigir com o app, em qualquer lugar.

“Queremos entender se essa tecnologia de gravação de imagens pode contribuir para que motoristas parceiros e usuários tenham ainda mais tranquilidade para continuar usando a Uber, claro que sempre respeitando as normas de privacidade”, explicou a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods, que disse ainda que a empresa definiu a segurança como uma prioridade em âmbito global.

O piloto começou com um grupo reduzido e será aos poucos expandido até chegar a todos os motoristas que utilizam o aplicativo em São Paulo. Os parceiros podem escolher participar ou deixar esse piloto a qualquer momento. Os usuários conectados aos motoristas participantes do teste também são informados que sua viagem pode ser gravada, para que possam optar por cancelar e buscar outro parceiro, se assim preferirem.

Assim como já ocorre no recurso de gravação de áudio, lançado em âmbito nacional recentemente, a gravação de vídeo também permanecerá criptografada no celular, sem que ninguém possa acessá-la – nem o próprio motorista, que não possui a chave da criptografia.

De acordo com a empresa, a iniciativa foi aprovada pela equipe de privacidade da Uber, para assegurar o cumprimento de todas as regras previstas na legislação aplicável em termos de proteção de dados.

Como vai funcionar

Quando o motorista enviar o arquivo (via wi-fi ou rede móvel), ele ficará armazenado com a empresa parceira, que terá acesso apenas às informações básicas do parceiro e data/horário da gravação. Se, mais tarde, o motorista decidir abrir uma reclamação de segurança, ele terá a opção de adicionar o vídeo em questão.

Só então a Uber – que tem a chave da criptografia – terá acesso às imagens. Além do chamado aberto pelo próprio parceiro para solicitar uma investigação à Uber, só as autoridades competentes podem solicitar acesso às imagens para a Uber, na forma da lei.

Em fevereiro, a ferramenta começou a ser utilizada em Aracaju. Depois, passou a ser testada também em Campo Grande, Natal, Maceió, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Curitiba, Goiânia, Campinas, Recife e Porto Alegre. Agora, além de São Paulo, chega também a Belo Horizonte.

Da Gazeta de SP