Toque de recolher em São Paulo não muda funcionamento de supermercados

Os serviços considerados essenciais não vão alterar o horário de funcionamento de mercados mesmo com o toque de recolher previsto para todo o Estado de São Paulo das 20h às 5h desde segunda-feira (15).

Medidas mais restritivas foram anunciadas na quinta-feira passada pelo governo para tentar frear o avanço do coronavírus. A secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen, disse em entrevista à BandNews FM que a recomendação, mesmo para padarias e supermercados, considerados serviços essenciais, era encerrar o funcionamento às 20h. Ela afirmou que os empresários deveriam priorizar o delivery no período do toque de recolher.

Mas associações e estabelecimentos consultados pelo Metro informaram que não haverá alteração no funcionamento. Por se tratar apenas de uma recomendação, os estabelecimentos na lista de essenciais não são obrigados a mudarem seus expedientes.

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que as novas restrições não afetam o setor. Em nota, a associação disse que vai reforçar as medidas de higiene.

A Apas pede ainda que as pessoas não se precipitem em fazer grandes estoques. “A associação também esclarece para a população que o fundamental direito de acesso aos serviços essenciais dos supermercados está mantido e a cadeia de abastecimento não será afetada, os estoques de produto estão em equilíbrio e que, portanto, não há a necessidade de uma corrida aos supermercados para o estoque de itens de primeira necessidade.”

O toque de recolher estadual não tem caráter punitivo, mas o governo do estado disse que haverá reforço no policiamento das 20h às 5h. Os agentes de segurança farão abordagens à população que circular neste período, com questionamentos sobre a necessidade de estarem na rua e com a recomendação de ficarem em casa. Portanto, mesmo com mercados e padarias abertos durante o toque de recolher, a recomendação é utilizar os serviços presencialmente apenas em caso de extrema necessidade.

Do Metro