Sabesp detecta fraude e roubo de água em comércio da Granja Viana

Operações caça-fraude realizadas pela Sabesp na Capital e também na Região Metropolitana de São Paulo identificaram nesta quarta (22) e na terça-feira (21) seis casos de irregularidades, que somados correspondem  ao desvio de cerca de 8,9 milhões de litros de água – volume suficiente para abastecer uma população de aproximadamente 1,8 mil pessoas em  um  mês.  
 
Um dos casos é referente a um bufê infantil na Rua Nova Amazonas, na Granja Viana. Nesse caso, houve manipulação de hidrômetro, com o furto de cerca de 950 mil litros. O comércio foi autuado na Delegacia de Meio Ambiente de Barueri. 
 
Somente em um dos casos, identificado nesta quarta-feira em uma boate na Avenida Francisco Morato, na Vila Sônia, na capital paulista, a Sabesp verificou o furto de 2,2 milhões de litros de água. No local, técnicos da companhia constataram ligação direta à rede de água.  
 
A Sabesp também identificou e interrompeu fraudes na rede de água em uma churrascaria na Avenida dos Autonomistas, na Vila Iara, Osasco, e em uma padaria na Travessa Barão de Iguatemi, no bairro Real Parque, na Capital. Em ambas as ocorrências,  houve manipulação do hidrômetro, com desvio de 1 milhão de litros de água (churrascaria) e 420 mil litros (padaria).  
 
Fábrica de cosméticos – Na terça-feira (21), equipes caça-fraude flagraram outras duas irregularidades, também  verificadas  em  estabelecimentos comerciais. Uma  delas foi em uma fábrica de cosméticos na Rua Pirituba, em Barueri (ligação clandestina), com desvio de 2,1 milhões de litros. Outra, em um restaurante na Avenida Deputado Emílio Carlos, Carapicuíba (ligação direta), com outros 2,1 milhões de litros de água desviados. As ocorrências da terça foram registradas na Delegacia do Meio Ambiente de Barueri.  
 
Para identificar esse tipo de crime, a Sabesp trabalha com as equipes de caça-fraude, que acompanham o consumo e vistoriam os imóveis. Além  disso, conta com a colaboração dos próprios moradores, que podem relatar casos suspeitos pela Central de Atendimento  (195)  ou  pelo Disque-Denúncia  (telefone  181). A chamada é gratuita e não exige a identificação de quem  telefona. Nas  operações conjuntas realizadas em janeiro  e  fevereiro de 2017, foram registrados até o momento 68 boletins de ocorrência contra furtadores de água na Região Metropolitana de São Paulo.  
 
CrimeEm todos os casos, os proprietários ou representantes dos imóveis foram convocados para prestar esclarecimentos  para a polícia, com respectiva abertura de inquérito para investigar os responsáveis pelo furto de água. Furto é crime tipificado no Artigo 155 do Código Penal, que prevê de um a quatro anos de reclusão, pena que sobe para até oito anos de cadeia  caso haja qualificação – como, por exemplo, quando há participação de duas ou mais pessoas ou destruição de equipamentos. A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, pois acredita  que não irá pagar pelo alto consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos.