Quadrilha internacional de tráfico de drogas usava chácara na região para reuniões
57 foram presas nesta quarta-feira (1º), durante uma operação do Deic, que investigou a ligação de roubos, tráfico de armas e de drogas.
Foram oito meses acompanhando a rotina da quadrilha, que tinha como sede uma chácara na zona rural de Ibiúna, onde em dezembro deste ano, a polícia havia apreendido 250 quilos de cocaína.
O carro com fundo falso, usado para movimentar drogas, foi apreendido. Policiais prenderam três homens em Piracicaba e na Zona Leste da Capital, com 20 quilos de cocaína.
Os investigadores acompanharam os homens que planejavam crimes como roubos, tráfico de drogas e de armas, dentro e fora do Brasil. Para isso, a quadrilha era dividida em três partes, chamadas de células.
A primeira célula era formada por bolivianos, colombianos e peruanos. Os fornecedores de maconha e cocaína para São Paulo. A segunda célula da quadrilha tinha só brasileiros.
A investigação mostrou que eles se encontravam em uma chácara com uma casa grande, piscina e churrasqueira coberta em Ibiúna. Este era o local onde os criminosos organizavam a distribuição de drogas e de armas. A polícia chegou de helicóptero na chácara dois dias antes do Natal. Apesar do cerco, a dona da chácara e o chefe dessa parte da quadrilha, Valdeci Alves dos Santos, fugiram. Mas deixaram para trás 250 quilos de pasta de cocaína.
Valdeci é apontado pelo Deic como o homem que negociava com a terceira célula, formada por africanos que viviam na região do Brás. Eles negociavam com estrangeiros e montavam estratégias para levar parte da cocaína para a Europa.
Um dos disfarces era esconder o pó em cabeçotes de motores de motocicletas. Os integrantes da quadrilha também usavam casas de alto padrão para esconder carrões e mais drogas.
Por Tiago Albertim – Jornal do Povo