Protesto bloqueou Estrada do Verava por causa de obras da Sabesp

Inconformados com a atitude “ele não está nem aí” do prefeito Fábio Bello, de Ibiúna, e com o não cumprimento dos acordos feitos com a intervenção do próprio por parte das empresas que trabalham para o consórcio do Sistema São Lourenço, moradores no bairro do Verava fizeram dois bloqueios, na Estrada do Verava. Um no km 16,5 que permite acesso ao porto de areia e outro no km 17, na altura da Escola do Waldomiro.

O protesto começou às 5 da manhã, chegou a reunir cinquenta pessoas, e deverá se estender até a próxima sexta-feira, pelo menos, segundo informaram líderes do movimento.

Nas reuniões realizadas entre o prefeito, as empresas contratadas pelo consórcio e representantes do bairro, ficou acertado que as empresas fariam o recapeamento da estrada, com grandes danos provocados pela contínua passagem de caminhões pesados, que levam material para uso no Sistema São Lourenço, realizar limpeza do lamaçal que provocam na instalação de materiais hidráulicos e também limpeza dos entulhos que descarregam nos acostamentos, entre outras providências.

“O prefeito entende que a responsabilidade pela recuperação e conservação da estrada é das empresas do consórcio, mas as empresas alegam que isso [o recapeamento da via] não foi previsto no contrato inicial estabelecido entre o governo (Sabesp) e as empresas consorciadas. E, assim, acabaram nos enrolando e dando a impressão que o problema estaria resolvido”, disse um dos manifestantes que participou do bloqueio anterior, na mesma estrada, feito nas proximidades de Furnas, já na Rodovia Bunjiro Nakao.

Os organizadores impediram tanto o acesso dos ônibus conduzindo os trabalhadores, assim como de caminhões e equipamentos pesados, mas permitiram que os ônibus circulares e os moradores passassem normalmente pela estrada.

Na parte da manhã apareceram duas viaturas da GCM e um dos agentes quis retirar os manifestantes por meio de brutalidade, afirmam os moradores e à tarde apareceu viatura da Polícia Militar, que só ficaram observando o movimento.

Um dos líderes do manifesto declarou que a ação irá continuar até que haja uma solução efetiva para esse problema: “Vão retirar água de Ibiúna para abastecer grande parcela da população metropolitana de São Paulo e isso é muito importante, mas não estamos dispostos a pagar o preço da destruição de nossas estradas, ruas e dos nossos bairros e gerando um grande desconforto para todos nós.”

Do Revista Vitrine Ibiúna – Foto: Jociane Flávio