Polícia Militar inicia testes com viaturas elétricas

A Polícia Militar de São Paulo inicia um período de 90 dias de avaliação de desempenho com veículos elétricos dedicados ao trabalho policial. Três viaturas já estão à disposição na zona oeste da Capital, e serão utilizadas no programa de ronda escolar e atendimento de chamadas pelo 190 na área. A região foi definida por concentrar o maior número de pontos de recarga de carros elétrico na cidade.

O principal objetivo do projeto é aferir a operacionalidade dos veículos, levando-se em conta as características dessa tecnologia, como tempo de recarga das baterias, resposta na aceleração e sistemas de freios. Também serão avaliadas algumas peculiaridades dos carros elétricos, como baixo ruído e possível economia em manutenção em virtude da inexistência de vários componentes mecânicos presentes nos modelos movidos à combustão.

Nesta etapa do processo serão utilizados dois veículos Leaf, da Nissan, e um I5, da chinesa BYD. Os testes ocorrem sem custos para o Estado e as fabricantes foram definidas por meio de uma audiência civil pública, para a qual foram convidadas todas as empresas do segmento. As viaturas foram recebidas adesivadas e com equipamentos de navegação por GPS, sinais luminosos, sirenes e radiocomunicação, instalados.

“Nesse projeto-piloto vamos avaliar a operacionalidade e a gestão desse equipamento, como tempo de recarga e a resposta ao serviço de patrulhamento. Além de ser um veículo 100% movido a energia limpa, temos a expectativa de redução em custos de manutenção e também de equipar a Polícia Militar com alternativas de fontes de energia para suas viaturas. Existem protocolos internacionais de redução na fabricação de modelos movidos à combustão e também estaremos preparados para eventuais crises no fornecimento de combustíveis fósseis”, explica o Tenente Coronel Carlos Henrique Lucena, responsável pelo projeto.

Ao final do período de três meses, o CMM (Centro de Motomecanização da Polícia Militar) vai produzir um relatório com os resultados da avaliação e todas as especificações técnicas necessárias aos processos licitatórios. Se a tecnologia for aprovada, o documento poderá ser utilizado em possíveis propostas de compra da PM e de demais órgãos públicos interessados em adquirir modelos elétricos. A expectativa da Polícia Militar é trocar parte de sua frota, que atualmente é de 20 mil veículos, por modelos com zero emissão de carbono.