Pfizer: entenda por que o Governo reduziu de 12 para 3 semanas o intervalo de doses
O Ministério da Saúde confirmou nesta semana que irá rever o intervalo de tempo adotado entre as duas doses da vacina da Pfizer de 3 meses para 21 dias, como recomenda a bula. O prazo havia sido esticado pelo PNI – Programa Nacional de Imunização com a alegação de que o imunizante alcançaria mais pessoas no início da campanha de vacinação contra o coronavírus.
Dois fatores fizeram o governo mudar de ideia: a maior disponibilidade de vacinas da Pfizer no Brasil e o avanço da variante Delta. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que o novo intervalo será estabelecido assim que todos os maiores de 18 anos forem vacinados com a primeira dose.
“A gente acredita que no intervalo de três, quatro, cinco semanas, no máximo, isso já deve estar sendo discutido (reduzir o intervalo de aplicação das doses da Pfizer), quando a gente acredita que consiga vacinar toda a população acima de 18 anos com uma dose”, afirmou o presidente do Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, em entrevista coletiva ao lado de Queiroga nesta terça-feira (27).
A adoção de um intervalo maior do que o recomendado pela bula da Pfizer teve, na época, aval da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, da Sociedade Brasileira de Imunologia e foi utilizada também no Reino Unido, Canadá, França e Alemanha. Os países que seguiram o tempo de 21 dias entre as doses foram Estados Unidos, Israel, Chile e Uruguay.
Da Isto É
