PF faz operação para fechar sites de filmes online e cinco pessoas são presas

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a segunda fase da Operação Barba Negra, que desarticulou uma organização especializada na prática de crimes contra os direitos autorais pela internet. Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão pela 1ª Vara Federal de Sorocaba.

A primeira fase da operação foi em novembro de 2015, quando a Polícia Federal tirou do ar o site site Mega Filmes HD, que oferecia um acervo com cerca de 150 mil filmes, documentários, séries de TV e shows.

Cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira e um homem está foragido. Os mandados foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Pernambuco. A operação contou com a cooperação internacional da Interpol, que permitiu a retirada do ar os sites Armagedomfilmes.biz, Filmesonlinegratis.net e Megafilmeshd20.org. Entretanto, esses dois últimos ainda podiam ser acessados até as 11h50 desta quinta-feira.

Em Belo Horizonte, um hacker foi preso em casa, segundo a PF. O imóvel foi alvo de buscas. Um segundo mandado de prisão temporária contra outro morador da capital mineira não foi cumprido pois ele não está na cidade. A polícia cumpre ainda outros dois mandados de busca e apreensão na região.

Segundo a PF, os sites operam de maneira ilegal no Brasil e disponibilizam conteúdo sem o pagamento de direitos autorais. As três páginas recebem uma média de 768 milhões de visitas anuais, com mais de 11 mil títulos disponíveis para streaming, com acessos partindo do Brasil e de vários países do mundo, especialmente Portugal e Japão.

Por conta da grande quantidade de acessos, comparável a grandes portais legítimos no Brasil, os sites atraem redes de propaganda online nacionais e estrangeiras. A receita obtida é foco da segunda fase da operação. Os investigados responderão pela prática dos crimes de constituição de organização criminosa com pena três a oito anos e multa, além de violação de direitos autorais com pena de dois a quatro anos e multa.

Do G1