Negócio acusado de ‘pirâmide financeira’ iniciado em Cotia tem quebra de sigilo bancário

A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário de um negócio acusado de pirâmide financeira. Milhares de pessoas foram lesadas no suposto investimento em criptomoedas. Após determinação judicial, contas relacionadas a empresa acusada poderão ser congeladas.

A empresa prometia lucros relacionados a um suposto investimento em bitcoins. A empresa prometia lucros de 31% para investidores que aplicassem na plataforma. Com um lançamento em Cotia, o negócio chegou a ter sete mil usuários, de acordo com investigações.

Sigilo bancário será quebrado

Após investir em um negócio que não deu certo, vítimas procuram reaver tudo que perderam através da justiça. Porém, nem todos os casos envolvendo ações fraudulentas de investimentos resultam em recuperação de bens. Em muitos casos os criminosos somem com tudo que foi aplicado na empresa.

No caso da empresa, o dono do negócio sumiu e pagamentos deixaram de acontecer. O processo em questão não traz menção direta ao proprietário da empresa, mas faz restrições relacionadas ao que restou dela.

A justiça determinou que a quebra do sigilo bancário seja concluída. Isso verificará movimentações financeiras da empresa citada no processo. A ação determinou ainda que valores encontrados nas contas sejam bloqueados.

Outros bens da empresa poderão ser consultados, após a justiça entender que os negócios dela podem ser considerados como fraude. Sendo assim, caso existam imóveis em nome da empresa, estes poderão ser também bloqueados judicialmente.

Empresa oferecia investimentos em bitcoin

A empresa foi apontada como um legítimo caso de pirâmide financeira. Milhares de pessoas foram enganadas ao aplicarem no negócio. Em alguns casos, os investimentos ultrapassaram R$ 500 mil, conforme revela reportagem. Uma vítima conta quanto foi investido por várias vítimas que nunca mais viram o dinheiro investido:

“Investidores com seiscentos mil reais, um milhão. Pessoas que venderam casas, carros, pessoas que pediram dinheiro emprestado para agiotas. Para poder investir. Eu mesmo pedi dinheiro emprestado, eu não tinha. Eu pedi emprestado. É pouco, mas é meu”.

Vítimas aplicaram dinheiro próprio e até venderam imóveis em busca dos lucros inimagináveis prometidos pela empresa. Alguns fizeram empréstimos e nunca mais viram seus investimentos. Uma das vítimas busca reaver o que foi investido na empresa através da justiça.

A empresa prometia investimentos em bitcoin. Assim como muitos negócios fraudulentos, as criptomoedas mais uma vez foram utilizadas para enganar pessoas com pouco conhecimentos na área.

No caso da empresa, um lucro de 31% mensal era prometido sob o valor investido na empresa. O negócio alegava que o dinheiro estava sendo investido em bitcoins, porém, nenhuma prova sobre tal investimento foi apresentada.

Por Paulo José -Do Livecoins.com