Mulher que fez marmitas para moradores de rua mortos em Itapevi nega ter envenenado a comida

Uma mulher que preparou as marmitas entregues a moradores de rua que morreram após consumirem os alimentos em Itapevi, na madrugada de quarta-feira (22), se apresentou à Polícia Civil e negou ter colocado veneno na comida.

Ela esteve espontaneamente na delegacia e foi liberada após prestar depoimento. Disse que sua família comeu da mesma comida e não passou mal. Afirmou inclusive que ainda mantinha parte da comida congelada e entregou os alimentos para perícia.

Os alimentos passam por exame toxicológico para detectar se havia veneno ou estavam estragados. Também serão realizados exames nos corpos das vítimas para saber o que os matou.

Na madrugada de quarta, José Luiz de Araújo Conceição, de 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37, morreram após consumirem marmitas entregues por um grupo em um posto de combustíveis abandonado em Itapevi. Outras duas vítimas estão internadas em estado grave após comerem da mesma comida. Um cachorro também morreu.

As pessoas que chegaram nos carros para entregar as marmitas são suspeitas de crime, mas a polícia investiga ainda a possibilidade de as marmitas que causaram as mortes e internações terem sido trazidas de outro lugar. Ou de ter sido colocado algo nos alimentos após a distribuição.

“Tem comida de uma semana que está lá com eles. Pode ser essa comida estragada, que pode ter causado esse óbito, assim como pode ser uma contaminação proposital, um envenenamento. Só os laudos vão ajudar a dar uma resposta”, disse Aloysio Ribeiro, delegado de Itapevi, à TV Globo.

Do Visão Oeste