Metrô de SP abre licitação para conceder nome de seis estações para empresas

O governo de São Paulo publicará nesta terça-feira (4) o edital para empresas patrocinarem o nome de seis estações da capital paulista. O aviso de licitação das estações Consolação (linha 2-verde), Brigadeiro (linha 2-verde), Anhangabaú (linha 3-vermelha), Carrão (linha 3-vermelha), Penha (linha 3-vermelha) e Saúde (linha 1-azul) foi publicado no Diário Oficial de sábado (1º).

A concessão dos chamados “naming rights”, ou direito de nomear, permite que uma empresa associe a marca ao nome de uma estação de metrô, como o Rio de Janeiro fez em janeiro com a estação Botafogo/Coca-Cola.

À Folha, o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, afirmou que que o objetivo é levantar R$ 1 bilhão ainda neste ano concedendo o nome de estações movimentadas, na tentativa de amortizar o impacto da redução drástica de passageiros durante a pandemia, que fez o Metrô fechar o ano de 2020 com prejuízo de R$ 1,7 bilhão.

Isso porque a empresa é altamente dependente da tarifa paga pelos passageiros para se financiar. Cerca de 70% da receita até 2019, no pré-pandemia, vieram dos bilhetes.

Com as medidas de distanciamento, implementação do trabalho em casa para alguns setores e alta taxa de desemprego, o movimento nas linhas operadas pelo Metrô caiu de 1,1 bilhão de viagens em 2019 para 554 milhões em 2020. Somada às linhas privatizadas (4-amarela e 5-lilás), a redução foi de 1,5 bilhão de viagens para 764 milhões.

Nestas seis primeiras estações que podem ter os nomes concedidos, entraram em média 137 milhões de passageiros nos dias úteis no último mês de março, já com demanda reduzida pela pandemia. A mais movimentada foi a Consolação, com média de 40 milhões de passageiros por dia útil.

Não entrou nesse primeiro pacote, mas uma possibilidade tratada por Baldy nas últimas semanas com o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi conceder o nome da estação Corinthians-Itaquera, na zona leste, que poderia virar Corinthians-Itaquera/Neo Química, já que a farmacêutica comprou o nome do estádio.

Além do Metrô, a CPTM (trens metropolitanos) também estuda conceder os nomes de algumas estações. Em abril, a companhia contratou um instituto de pesquisa para fazer estudos técnicos dos naming rights de quatro estações: Luz, Brás, Vila Olímpia e Mooca.

Da Folha de SP