Mesmo presos, três vereadores vão disputar a eleição na região

Nem mesmo a prisão impedirá a participação de Carlos Japonês, Nenê Crepaldi, ambos do PPS, e Jefferson Macedo (PSDB) nas eleições municipais de Carapicuíba no próximo dia 2 de outubro.

Presos preventivamente desde o último dia 23 de agosto, os três tiveram suas candidaturas deferidas pela Justiça Eleitoral ao longo da semana e poderão ser votados no pleito que escolherá 17 novos vereadores para a cidade. Eleito em 2012 para seus primeiros mandatos, o trio de vereadores buscará, em outubro, a reeleição.

Mas quando se preparavam para iniciar a campanha, foram presos preventivamente junto com o vereador Elias Cassundé (PPS) em plena sessão ordinária. Os quatro são investigados por suposta participação em esquema fraudulento de contratação de funcionários para a prefeitura, assim como Paulo Xavier (PSDB) que só não foi detido junto com os demais vereadores porque já havia sido preso em maio.

O tucano não será candidato por não ter participado da convenção do PSDB. Apesar da prisão preventiva, Japonês, Crepaldi e Jefferson estão aptos a disputarem o próximo pleito da cidade porque um candidato só pode ser impedido de participar da eleição se tiverem alguma condenação transitada em julgado (em todas as instâncias), o que não é o caso dos parlamentares de Carapicuíba, que podem ser soltos a qualquer momento, dependendo de decisão judicial.

O argumento foi confirmado pela promotora de Carapicuíba, Sandra Reimberg, uma das responsáveis pela investigação contra os parlamentares. Segundo ela, se eles forem reeleitos e ainda estiverem presos no dia da posse deverão solicitar uma autorização especial para comparecerem à cerimônia de diplomação. Segundo a Justiça Eleitoral, há a possibilidade, em caso de vitória dos vereadores presos na eleição, de apresentação de um recurso contra a expedição do diploma, o que inviabilizaria a posse dos parlamentares.

Por Leonardo Abrantes – Webdiario