Luiz Junior: A Astrologia de volta ao centro dos debates

E mais uma vez a astrologia volta ao centro dos debates. Novamente, pelas redes sociais, um antigo tema volta à tona: Astrônomos americanos, em 2011, decidiram divulgar uma pesquisa “definitiva”, afirmando que os signos zodiacais haviam sido alterados, com a “descoberta” da constelação de Ophiucos, que havia mudado de posição de acordo com a posição do homem na Terra. Isso gerou uma legião de pessoas afirmando que seu signo havia mudado, pois a partir de agora haveria 13, e não 12 signos.

Também ficou famosa a pesquisa da Universidade de Berkeley, que primeiramente selecionou alguns voluntários, os colocou em uma sala e passaram para eles características de seus signos. Na sequência, ao pedir para que se autodescrevessem, eles passaram as características de seus próprios signos. A conclusão da pesquisa foi a de que as pessoas são influenciadas pelas suas características astrológicas.

E, no Youtube, é famoso o vídeo de Carl Sagan, renomado cientista, em que ele “destrói a astrologia em 37 segundos”. Ele usa o exemplo dos gêmeos, dizendo que as ocorrências são diferentes para pessoas que teriam o mesmo resultado astral. Só em sua versão brasileira, o vídeo tem mais de 30 mil visualizações. Sua versão em inglês tem mais de 450 mil visualizações.

A revista Superinteressante de junho de 1990 traz uma matéria intitulada “Defesas contra a astrologia”. Num dos itens afirma que, num mundo formado por mais de 5 bilhões de pessoas, é inadmissível pensar que 1/12 avos desta população, ou mais de 400 milhões, passariam pelas mesmas coisas durante a vida. Argumento típico de quem não conhece a fundo as bases da Arte.

Pois bem, todos estes testes científicos falham no mesmo ponto: nenhum deles estudou a fundo seu objeto de pesquisa. Nenhum deles tentou ao menos entender como funciona uma análise astrológica antes de confrontá-la.

Para os amantes do Ophiucos: Ele já é descrito em cartas astronômicas há milhares de anos. As estrelas são fixas, não se movem. Portanto, sempre esteve na Eclíptica, o caminho aparente do sol durante o ano, assim como muitas outras constelações. Mas a astrologia se baseia nos 12 arquétipos humanos universais, fato pesquisado por gente do porte de Carl Jung e Isaac Newton. Portanto, podem dizer o que quiser, as bases astrológicas clássicas trabalham com os 12 arquétipos, e isso está cristalizado. Não há mudanças. Os astrólogos se reúnem em simpósios internacionais, nacionais e regionais anualmente, e não há nenhuma previsão de alteração neste sentido.

Para Sagan: eu mesmo já fiz o atendimento de irmãos gêmeos, e os resultados foram completamente diferentes. A cada 4 minutos de diferença nos horários de nascimento há uma alteração de um ano nas projeções. E, lembre-se: gêmeos nunca nascem juntos, há sempre uma diferença entre eles. Além disso, há fatores sociais. Por exemplo: um casal de gêmeos possui em seu mapa astral Júpiter em conjunção à cúspide da casa 10, em Leão. Isso pode ser interpretado como “você terá alta posição em seu trabalho”. Mas, digamos, um deles, nascido quinze minutos antes do outro, teve a Lua (cujo passo é muito rápido) passando por Urano em conjunção exata. Para esse, haverá o afastamento do núcleo familiar. Digamos que, por diversos motivos, um seja adotado por uma família muito rica e bem relacionada, e outro continue com o pai ou a mãe, mais humildes. Um estuda com o pai e seguirá sua profissão, e será o melhor sapateiro de sua região. O outro estudará em melhores escolas, e se tornará o melhor engenheiro de sua região… A Astrologia estava errada? Sagan, você é genial, mas dentro de sua própria matéria. Para tentar falar de outra matéria, por favor, estude a fundo sobre ela, ou só passará vergonha.

Quanto à pesquisa feita em Berkeley: esqueceram de analisar a miríade de possibilidades de um mapa astral, acreditando que a astrologia só trabalha com o signo da pessoa. Perderam a chance de economizar dinheiro. E de ficar calados.

E à Superinteressante, vale o mesmo: Astrologia exige anos de estudo e pesquisa, e leitura de mais de 100 livros de base. Ninguém estudaria e pagaria por isso se qualquer revista de quinta categoria pode falar a mesma coisa. E foi isso que essa revista fez: se baseou em astrologia de boteco para escrever seu texto. Quem comprou a revista para ler isso, sinto muito: perdeu seu dinheiro.

Darei um curso completo de astrologia em São Paulo, a partir de março, aos sábados, pertinho do metrô Tucuruvi. Interessados, peçam mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 98642-1333.

Venha estudar esta arte fascinante, que ajudará você a se autodescobrir e também a compreender e ajudar o outro.

(Luiz Junior é astrólogo, comunicador, colunista e escritor. É autor de O Templo da Magia e de O Livro de Luaror, da série Reinos em Guerra pela Editora Autografia, e de A Dança: uma valsa entre o bem e o mal, pela KDP Amazon; produz o horóscopo diário para o Jornal Cotia Agora e para a Rádio Cotia, além de diversas fan pages da internet, e – com Nathalia Saphyra -, é apresentador do programa Ampliando Horizontes, da Rádio Cotia).