Luiz Carlos de Oliveira e a primeira poesia de 2016
Atrás da luz do sol há uma sombra:
é a realidade usando máscara…
Por isso, apego-me ao sonho.
Neste, a vida é simples como um sorriso!
Refiro-me ao sonho repleto de esperança
que impulsiona à busca de um ideal, de um afã.
Aquele querer resoluto que tudo dimensiona, que tudo pode.
A pedra do rio é o que é: pedra.
Falta-lhe fé para medrar-se à vida.
Vida sem fé não medra:
é pedra, pedra do rio…
Mas, a juventude que sonha não deve descurar-se dos pés no chão
determinante da persistência, da vitória.
Nem tampouco imiscuir-se em arrogâncias, presunções…
A vida é um leque de oportunidades onde os dons mais recônditos
podem cativar o mundo, desde que autênticos.
Ninguém de improviso vence e ninguém, sem verdade no seu interno,
pode ser realmente feliz: de inopino,
o sol se esconde, o mar fica revolto e o barco à deriva…
Se almeja ser vencedor no mundo lá fora,
primeiro edifique, com alma, seu mundo interior…
Deixo aqui, um poema em versos brancos e livres (sem métrica, nem rima),
em homenagem à jovem que, imbuída de fé e esperança,
galga o infinito…
TU
Tu, que navegas no mar
e reges, como maestrina,
a orquestra das ondas,
das horas e dos acontecimentos,
atenta para o sol
que rege teu navegar…
Sente que o ontem, o hoje e o amanhã
são um só, ante sua claridade!
Mas,
não permitas que, em meio a tanta luz,
o compasso dos teus sonhos
desvirtue a graça do teu ser…
Feliz ano novo para todos. Até a próxima.
*Luiz Carlos de Oliveira é advogado em Cotia e também poeta, autor do livro “Um pouco de mim, de ti, de nós…”, escreve mensalmente no Cotia Agora.