Laudo aponta que menina de 4 anos foi enterrada viva em Jandira

Enterrada viva. Essa foi a conclusão do laudo do IML (Instituto Médico Legal) para a causa da morte de Cinthia, uma criança de apenas 4 anos, em Jandira.

A corpo da garota foi encontrado no dia 18 de janeiro, nos fundos da casa, na Comunidade Ouro Verde, onde ela morava com o padrasto, mãe e a irmã caçula, de 2 anos. O laudo aponta que a criança morreu por asfixia, já que foram encontradas impurezas nos pulmões. “Os dentes da criança estavam rosados, uma característica que comprova que ela estava viva quando foi enterrada. Além disso, também foi constatado que ela tinha uma costela quebrada e outra fratura já calcificada”, explicou o delegado Luiz Carlos Vieira, titular da Delegacia de Jandira, que comandou as investigações.

Com o laudo em mãos, a polícia pediu a prisão preventiva do padrasto, principal suspeito d crime e que, até então, estava preso temporariamente. “Agora, ele foi indiciado por homicídio e segue preso até a data do julgamento”, pontuou o delegado. Em depoimento, o padrasto disse que, no dia 31 de dezembro, bateu na menina após ela defecar na cama. Para a agressão, ele teria usado um chinelo e também um pedaço de corda. Após a surra, ele levou a menina para o banho, onde as agressões teriam continuado.

Neste momento, segundo a versão do suspeito, a menina caiu, bateu as costas e cortou o braço nos paletes improvisados para que a família tomasse banho. Depois de fazer um curativo no braço de Cinthia, ele percebeu que a menina estava com febre e resolveu dar 50 gotas de um remédio para reduzir a temperatura. Ainda segundo a versão do padrasto, na madrugada do dia 2 para o dia 3 de janeiro, ele teria acordado após ouvir os gemidos da garota que, novamente, estava com febre. Ele, então, teria aguardado amanhecer para pedir um medicamento a um vizinho.

Porém, quando retornou com o remédio, Cinthia já estava morta. Ao “supostamente constatar” a morte da criança, o acusado revolveu enterrar o corpo no quintal. Ele diz que ficou com medo de ser preso. Questionado se a mulher sabia da morte da filha, o suspeito enfatizou que ela não tem envolvimento com o crime. Agora, com a prisão preventiva, o homem foi transferido a uma unidade prisional da região, que não teve o nome revelado à imprensa.

Por Vanessa Dainesi e Maranhão – Webdiario