Guarda Civil esteve no bar onde morreram dois em chacina na região

Dados do rastreamento de celular apontam que o guarda civil preso sob a suspeita de participar da chacina que deixou 23 mortos, em Osasco e Barueri, no dia 13 de agosto, esteve na rua onde fica um dos bares atacados em Barueri.

O local, na Rua Irene, registrou duas mortes. A informação foi publicada na edição de terça-feira do jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso a documentos da investigação feita pela “força-tarefa”, que investiga o caso. Segundo dados oficiais, os dois ataques em Barueri ocorreram entre 22h15 e 23h45 do dia 13. A última execução ocorreu na Rua Irene, 843, e deixou dois mortos.

O rastreamento do telefone mostra que o agente Sérgio Manhanhã estava nessa via às 23h39. Além disso, a investigação aponta que o GCM trocou mensagens e telefonemas com policiais militares antes de depois dos crimes. Entre os que participaram dessas conversas estão oficiais do comando da PM na região onde ocorreram os ataques em série. Ele teria se comunicado com três oficiais de Osasco e Barueri entre 12 e 14 de agosto.

Na noite do dia 13 ocorreu a maioria dos assassinatos, quando 19 pessoas foram mortas. A investigação da chacina considera que ela começou a se deflagrada cinco dias antes, quando quatro pessoas foram mortas na região. Dois assassinatos de agentes de segurança, segundo as investigações motivaram a série de ataques: o de um PM, no dia 7 de agosto, e de um guarda civil no dia 12.

Um dos oficiais que falou com o guarda é um tenente, que até julho estava na Força Tática da PM de Barueri. Naquele mês, ele foi transferido para um Batalhão de Osasco. A conversa, entre eles ocorreu à 0h34 de 14 de agosto, cerca de 40 minutos após o fim dos ataques. No dia seguinte aos ataques, o tenente também conversou por telefone com outro guarda civil de Barueri investigado por envolvimento nos crimes. Ainda de acordo como os documentos, o guarda Manhanhã também manteve contato entre os dias 12 e 14 com outros dois oficiais da PM de Osasco. Eles foram identificados apenas como “tenentes”.

Outro ponto que chamou a atenção da investigação foi que na noite do dia 13 de agosto, ele enviou um sinal de positivo pelo aplicativo WhatsApp às 19h02 para o soldado Victor Cristilder dos Santos, que também está preso acusado de envolvimento na chacina. Às 22h58 do mesmo dia, outra vez Manhanhã enviou ao policial o sinal positivo. Segundo a investigação, os horários coincidem com o começo e o final dos ataques.

Do Webdiario