Grupo espírita dá ‘passe’ em animais e ajuda a melhorar a qualidade de vida

Cerca de 50 animais, em sua maioria cachorros, são atendidos por sessão. Além dos encontros, são realizadas palestras sobre o tema em Sorocaba.

Melhorar a qualidade de vida dos pets é prioridade para muitos donos. Mas, além da parte física, alguns deles também prezam pelo lado espiritual do bichinho. Pensando nisso, Wilson Rodrigues Júnior, um palestrante espírita de Sorocaba, montou um grupo de estudo que aplica fluidoterapia (popularmente conhecida como ‘passe’) em animais.

Ele conta que a ideia de começar o trabalho surgiu depois de assistir a um seminário sobre a espiritualidade dos pets. “Há divergência no meio espírita quanto a isso, pois há quem entenda que os animais não têm alma, espírito. Porém, estudando de forma mais detalhada as obras básicas da doutrina espírita, notamos que eles têm sim alma e, assim como os humanos, podem ser beneficiados com os ‘passes’ para problemas de ordem física. Não há cura imediata, mas pelo menos uma melhora na qualidade de vida”, explica Wilson, que hoje coordena o grupo.

A primeira pessoa que levou o seu animal para receber a fluidoterapia foi Ivana Barbieri, uma dona de casa, de 52 anos. Ela era tutora do Nick, um cão da raça Cocker, que tinha sopro no coração. “O Nick fez tratamentos veterinários para o problema, mas para mim, além desse lado, há também o espiritual”.

Ivana conta que ficou sabendo que Wilson formou um grupo de estudos sobre o assunto e levou Nick até eles. “Meu cão estava muito doente. Alguns médicos disseram que ele não viveria muito e sugeriram eutanásia. Mas, depois que comecei a levá-lo para receber a fluidoterapia, a qualidade de vida dele melhorou muito, física e espiritualmente. Os médicos falavam que ele morreria logo, mas ele viveu mais três anos”, explica Ivana. Ela conta que o cão faleceu no começo deste mês por causa de uma parada renal.

Acompanhamento espiritual
Wilson comenta que, além da fluidoterapia, que é aplicada uma vez por mês dentro de um centro espírita da cidade, há palestras com temas relacionados aos animais. Os donos e pets também passam por uma triagem, na qual explicam porque levaram o animal para receber a fluidoterapia.

“Os animais ficam comportados na sala de ‘passe’. Alguns até dormem, já que a paz no ambiente é muito grande e eles sentem isso”, conta Wilson. Ele afirma que cerca de 50 animais são atendidos por sessão. “A maioria dos animais que vai ao centro são cachorros. Mas já foram levados até o centro gatos, hamsters e até periquitos. Recebemos pessoas de todas as partes de Sorocaba e da região também, como Votorantim, Araçoiaba, Itu e Boituva”, afirma Wilson.

O coordenador explica que, como as sessões são mensais, os donos costuma levar os animais em todos os encontros. “Dessa forma, fazemos um acompanhamento para saber se os animais melhoraram. Costumamos receber relatos de que o animal melhorou, que o ambiente na casa melhorou…mas isso depende muito do ser humano criar para ele uma situação melhor, mudar seus pensamentos e atitudes. Não existe cura nem milagre, existe direcionamentos para que o humano melhore”, explica.

Do G1