Fisioterapeuta Gabriela Pinto: ‘Cabelos brancos, saúde blindada’

Definição de idoso no Brasil: indivíduo com 60 anos ou mais.

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial, podendo ocorrer por uma queda na fertilidade (menor índice de nascimento) e/ou na mortalidade. A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que em 2025 existirão 1,2 bilhões de pessoas acima de 60 anos, sendo que o grupo de idosos acima de 80 anos é o de maior crescimento. Hoje, em média 52% da população idosa é composta por mulheres e 48% por homens.

Com base nisso, a gerontologia (ciência que estuda o envelhecimento) pesquisa formas de melhorar a qualidade de vida da população idosa, sendo de responsabilidade governamental aplicar medidas para garantir os direitos do idoso.

Agora vamos entender um pouco do que acontece com o nosso corpo quando envelhecemos. A capacidade aeróbica diminui, diminuindo consequentemente a capacidade de captar oxigênio e “encher” os pulmões; a massa muscular e a massa óssea reduzem; ocorre um enrijecimento das articulações; uma redução da memória, visão e audição; além de uma diminuição do equilíbrio. Essas mudanças são fisiológicas, ou seja, ocorrem normalmente independentes de doenças. Porém, com a prática de atividade física e uma alimentação balanceada é possível diminuir e até mesmo frear esse processo!

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Estudos comprovam que o exercício físico contribui para o aumento da massa magra (muscular e óssea), para uma melhora cardiovascular, auxilia na saúde mental, no equilíbrio (evitando quedas), reduz a glicemia, melhora o sono, tornando o idoso funcional. Não é necessário que o indivíduo faça musculação ou algum tipo de esporte. Hoje, a prefeitura de muitas cidades como São Paulo e Cotia mantém aparelhos de ginástica em praças públicas com quadros explicativos, além de aulas gratuitas com professores especializados nos centros esportivos. O importante é praticar algum tipo de atividade, mesmo que seja apenas uma caminhada. Vale lembrar que se o idoso possui algum tipo de restrição deve-se procurar um profissional especializado para que o mesmo o mobilize, sendo que esse serviço também é oferecido pela rede pública.

Precisamos mudar o pensamento de que o idoso não é um indivíduo “funcional”, que é “economicamente inativo”. Já pararam para pensar que uma pessoa de 80 anos viveu histórias que você nunca viveu e nunca viverá, e que essa pessoa pode te ensinar tanta coisa? Se pensássemos assim ele deixaria de ser “inativo” e passaria a ser “professor da vida”.

*Gabriela Pinto (Crefito-3/187342F) é fisioterapeuta formada pelo Mackenzie e pós graduada em fisioterapia intensiva no Hospital Albert Einstein e atualmente faz fisio geriátrica.

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