Fiat e Peugeot anunciam fusão para formar quarta maior montadora do mundo

A Fiat Chrysler Automobiles e a PSA Peugeot Citroën anunciaram nesta quinta-feira (31) que concluíram um acordo de fusão a qual garantirá a formação da quarta maior montadora do mundo do setor automobilístico, com um volume de mercado de mais de US$ 48,4 bilhões.

Em comunicado conjunto, as duas empresas informaram que “planejam unificar forças para criar um líder mundial em uma nova era de mobilidade sustentável”. Segundo o acordo, os acionistas da FCA e da Peugeot irão controlar 50% do novo grupo. Já os papéis serão negociados em Milão, Paris, Nova York e no pregão da Euronext. Hoje, a sessão da Bolsa de Milão, por sua vez, gira em torno da Fiat. O Ftse Mib abriu com cautela (+ 0,06%), enquanto as ações da FCA tiveram um aumento de 10%. Elas são negociadas a 14,10 euros, um aumento de 9%.

O conselho de administração da fusão seria composto por cinco membros nomeados pela FCA e 5 nomeados pela PSA. Além disso, John Elkann será o presidente da nova sociedade, enquanto Carlo Tavares assumirá como CEO, com mandato inicial de cinco anos.

“Estou satisfeito por ter a oportunidade de trabalhar com Carlos e sua equipe nessa agregação, que tem potencial para mudar de setor”, explicou Mike Manley, atual CEO da FCA.

“Temos uma longa história de cooperação com o Grupo Psa e estou convencido de que, junto com todo o nosso pessoal, poderemos criar uma empresa líder em mobilidade global “, acrescentou.

De acordo com o comunicado, o novo grupo automobilístico tem como objetivo gerar cerca de 3,7 bilhões de euros em sinergias anuais de curto prazo, sem fechamento de fábricas. A operação criará o quarto maior fabricante do setor do mundo, com 8,7 milhões de carros vendidos, atrás apenas da Volkswagen, da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e da Toyota, além de mais de 400 mil funcionários.

O volume de mercado chegará a 200 bilhões de euros. O ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, anunciou que “acolhe” o projeto de fusão entre a Psa e a Fiat Chrysler, mas o Estado francês, acionista da Psa, permanecerá “particularmente vigilante”. Para o presidente da Confindustria, Vincenzo Boccia, o acordo “confirma uma propensão europeia e um grande gigante potencialmente europeu que está na linha do que apoiamos”.

“Precisamos considerar a concorrência na Europa não apenas do ponto de vista nacional. Precisamos de gigantes europeus para enfrentar os desafios com a China e os EUA. A fusão criaria uma interessante dimensão comercial”, finalizou o italiano.

Da Ansa