Estado decide pagar bônus em vez de reajuste de 2,5% aos professores

O governador Geraldo Alckmin confirmou o pagamento do bônus por mérito aos professores da rede estadual de ensino, na manhã desta sexta-feira (1º) em Campinas (SP).

O impasse do não pagamento gerou protestos e o governo estudual abriu uma consulta na intranet da Secretaria de Educação, que definiu pelo pagamento do bônus. Segundo o governador, o secretário de Educação, José Renato Nalini, vai divulgar ainda nesta sexta a data do pagamento.

A consulta na intranet da Secretaria de Educação Estadual, realizada entre os dias 28 e 31 de março, contou com a partição de 44 mil profissionais da educação e revelou que 92% dos servidores preferiam receber a bonificação, ao invés do aumento salarial de 2,5%. “Nós fizemos uma consulta e a resposta foi que 92,6% preferem receber o bônus. Havia um pedido da Apeosp, feito por escrito, dizendo que especificamente este ano, ao invés de pagar o bônus, era pra dar um reajuste geral”, disse o Alckmin que já haiva dito na quinta-feira (31) que o pagamento do bônus extinguiria o reajuste neste momento.

Outros 6,7% dos profissionais optaram pelo reajuste. A enquete foi realizada sem intermédio dos sindicatos. Segundo o governo, participaram servidores da capital, região metropolitana e interior paulista.

Na quinta-feira (31), Alckmin revelou que o reajuste salarial seria até o limite de 2,5%. “Temos uma economia que derreteu, acho que vai melhorar no segundo semestre, mas por enquanto ela é grave e temos que agir com responsabilidade. Podemos pagar o bônus ou dar o reajuste até esse limite”.

Apeoesp
A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, disse nesta quinta-feira (31) que a entidade sempre criticou o pagamento de bônus, mas não esperava que a proposta fosse de um reajuste tão baixo quanto 2,5%. Ela defende que o governo pague a inflação do período desde o último reajuste, em 2014.

O governador, por sua vez, ainda explicou que haverá uma correção no piso salarial da classe. “O bônus ficará em torno de R$ 430 milhões, o piso vai ser corrigido, o que vai dar uns R$ 70 milhões, vai dar quase meio bilhão de reais”, disse o governador.

Após a consulta por meio de intranet, o governador disse que é preciso manter esta conversa com os profissionais da rede de ensino. Sobre o reajuste salarial, Alckmin revelou que será uma discussão futura. “O reajusta neste momento não haverá, pois esta é uma discussão sempre no mês de julho”, disse o governador.

Idesp e Saresp
Dois terços dos profissionais da educação vão receber o bônus por mérito, que é calculado com base no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo, (Idesp) e o Saresp (prova aplicada para português e matemática) ambos coletivos, e também a frequência do professor na escola.

Segundo Alckmin, houve melhora no índice e por isso para o governador a educação de São Paulo melhorou. “Este é um trabalho bem feito de meritocracia positiva, e como os indicadores de educação de São Paulo melhoraram muito, 67% dos funcionários e professores vão receber o bônus integral”, disse o governador que informou que detalhes dos outros 33% serão divulgados por José Renato Nalini, ainda nesta sexta-feira.

Do G1