Depois do INSS e Correios, bancários podem entrar em greve

Categoria reúne-se na quinta-feira (1º) para deliberar sobre proposta apresentada pela Fenaban. Comando indica rejeição da proposta e aprovação de greve a partir do dia 6

Os bancários reúnem-se em assembleia para deliberar sobre proposta apresentada pela Fenaban – Federação Nacional dos bancos para renovação da CCT – Convenção Coletiva de Trabalho. O Comando Nacional da categoria indica rejeição da proposta e aprovação de greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro.

“O que nos foi apresentado na mesa de negociação é um completo descaso com a categoria. A pior proposta que recebemos nos últimos anos”, afirma Juvandia Moreira, presidente do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional. “Por isso precisamos deixar bem claro que não vamos aceitar o que foi proposto e dar a resposta com uma forte greve”.

A Fenaban ofereceu 5,5% de reajuste para salários e vales, o que nem chega perto de repor a inflação de 9,88% (INPC), e representaria perdas de 4%. A proposta prevê, ainda, abono de R$ 2,5 mil (pago apenas uma vez e não incorporado ao salário).

No dia 2, após as assembleias, o Comando estará reunido em São Paulo para debater estratégias para a campanha. É a data limite, segundo Juvandia, para os bancos alterarem a proposta, que além de ter perdas salariais, não contempla reivindicações como garantia para os empregos, fim das metas abusivas e assédio moral, mais saúde, igualdade de oportunidades, segurança nas agências bancárias.

Na segunda-feira (5) serão realizadas novas assembleias organizativas para a paralisação. Todas as datas foram estabelecidas pelo Comando respeitando a Lei de Greve, de forma que a mobilização dos bancários não possa ser considerada abusiva pela Justiça.

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