Depois do arroz e óleo, cotianos reclamam do aumento da cerveja

Por Beto Kodiak

O consumidor não aguenta mais tantos aumentos e toda semana é uma surpresa nas gôndolas de supermercados. Como já mostrou o Jornal Cotia Agora, o leite e seus derivados tiveram aumento de até 25% e outro vilão da inflação foi o óleo de cozinha, que até agosto estava cerca de R$ 3,70 e agora em média, R$ 6,50.

Muitas desculpas são dadas pelo governo, produtores e supermercados, e a população é que, literalmente, paga o preço.

Agora outra preferência nacional está mais cara, a cerveja. Em setembro a Ambev e a Heineken já haviam anunciado que reajustariam o preço da “loira gelada” em 5%, e nas prateleiras dos mercados de Cotia, o consumidor já levou um susto com o aumento, de até 20%.

Até em um atacadista, onde a Skol ou Brahma saíam por R$ 2,05 a lata de 350ml, já subiu para R$ 2,45. A garrafa ou lata de Heineken, já ultrapassou os 5 reais em outro mercado. Pessoas ouvidas por nossa reportagem, reclamaram do aumento, principalmente nesta época de calor infernal, beirando os 37°C na cidade.

A Ambev diz que o aumento do dólar comercial também é um dos principais fatores que reflete nos custos de produção em virtude à dolarização de parte dos produtos. O reajuste de 5% está longe de compensar o impacto dos custos mais elevados, segundo a empresa.

A justificativa da Heineken vai no embalo de que o reajuste de preços está relacionado à dinâmica natural do mercado brasileiro e à necessidade de compensar o impacto da valorização do dólar, uma vez que grande parte dos insumos envolvidos na produção das cervejas, incluindo principalmente, o malte e materiais de embalagens, é importada.

O valor da cerveja nos bares, padarias e restaurantes também já foram reajustados em até 4 reais por garrafa de 600ml.

Ou seja, aquela deliciosa combinação de cerveja gelada e o queijinho como petisco, está virando artigo de luxo.