Cotia teve quase 400 pessoas enterradas sem identificação nos últimos 48 anos

Em 2015 foi lançada no Brasil a primeira plataforma online para busca e localização de mortes de pessoas registradas como desconhecidas. A iniciativa reúne a base de dados de mortes de nove Estados brasileiros, composta por quase 36 milhões de documentos, sendo 98 mil deles de pessoas cujos registros de óbitos foram feitos como desconhecidos em razão da ausência de identificação no momento do falecimento.

A Central Nacional de Óbitos de Pessoas Não Identificadas tem o objetivo de auxiliar parentes de pessoas desaparecidas em todo o país assim como possibilitar aos órgãos públicos e ao Poder Judiciário a busca e conferência gratuita de registros de óbitos para o encerramento de processos administrativos ou judiciais.

Nossa reportagem fez uma busca pelos números em Cotia e encontramos 391 pessoas que foram enterradas sem qualquer registro de nome ou idade correta. São 342 homens, de 14 a 84 anos e o primeiro registro é de 1973. Já as mulheres, são 40, de 15 a 85 anos, com o caso mais antigo sendo de 1974. Há ainda nove casos ignorados, sem saber qual o sexo da pessoa morta.

Ao ser consultado, o Banco de Dados disponibiliza informações para identificação da pessoa falecida, tais como: a idade presumida, o sexo, a cor da pele, os sinais aparentes e a data da morte.

Buscas: https://www.registrocivil.org.br/desconhecido