Como reconhecer o bullying no ambiente de trabalho e acabar com o problema

O bullying é uma das práticas mais discutidas atualmente. O termo, que vem da língua inglesa, se refere a todas as formas de agressão física ou verbal, que ocorrem direta ou indiretamente, dentro de uma relação desigual de poder. Este é um problema mundial, que pode deixar sequelas na vida de alguém, atrapalhando o desenvolvimento da sua autoestima e confiança, e interferindo das mais diversas formas no seu futuro.

Essa forma de violência, que tem como fim ridicularizar e humilhar, é mais comumente realizada em escolas, mas também pode se fazer presente em qualquer contexto que possua interação social, como famílias, universidades e dentro do local de trabalho. Segundo Andreia Rego, que trabalha com coaching e psicanálise, esse ato pode afetar a vida empresarial como um todo, atingindo colaboradores, coordenadores e administradores, indicando intimidação e deterioração quanto ao desempenho daquele que sofre os ataques.

Ela afirma que, apesar de muitos líderes não admitirem, não é incomum que aconteçam casos de bullying dentro das empresas. “Muitas pessoas dizem não saber como identificar as formas de bullying que ocorrem dentro de empresas, mas, na verdade, ele não é tão difícil de ser percebido. Normalmente, a vítima passa por situações discriminatórias ou difamatórias, que envolvem críticas sem explicação, omissão de informações necessárias ao desempenho do trabalho, exclusão, insultos e busca por defeitos na execução das atividades, além de sobrecarga de tarefas impostas”, cita.

No caso de o colaborador perceber que está sofrendo constantemente com algumas dessas discriminações, a principal sugestão é sempre dialogar com o agressor, para buscar equilíbrio e entendimento. “Se a questão entre o par não for resolvida, deve-se levar a ocorrência para o chefe direto. Nas situações em que o opressor for o chefe direto, sem sucesso na resolução do problema entre líder-liderado, este último deve levar o problema para a área de Gestão de Pessoas. Em muitos casos, quando a área de RH não entra em ação, o colaborador pode, ainda, denunciar diretamente no sindicato de sua classe ou no Ministério Público do Trabalho, sendo preservado seu anonimato”, afirma. A profissional ainda fala que caso o comportamento abusivo do agressor seja comprovado, é possível, também, ocasionar demissão por justa causa e processo disciplinar, incluindo aqueles por danos morais ou até materiais.

Além da busca pela solução do problema, uma dica importante que Andreia sugere é a de ‘manter a autoestima’. “Todas as pessoas possuem seus próprios talentos e habilidades, e a força de persistir no bem depende de cada um, fazendo autoconhecimento, reforçando seus valores e suas ações diárias da melhor forma possível”, observa.

Assim, para ajudar, avalie mais estas dicas, oferecidas pela coach, para superar as dificuldades do ambiente de trabalho e viver da melhor maneira possível:

-O ambiente é ideal para atender seus anseios? Do contrário, mude de equipe, área, setor, ou até de emprego, rumo àquilo que acha ser de seu merecimento;

-Separe um dia para se distrair, ausentando-se do assunto ‘ambiente de trabalho’;

-Busque realizar exercícios que combinem com seu perfil, como: caminhada, corrida, yoga, ginástica, dança, judô, natação, etc;

-Comece um hobby;

-Aproxime-se de amizades e de relações saudáveis, aquelas com as quais você se identifique;

-Faça leituras;

-Esteja perto de familiares com os quais tenha confiança e diálogo construtivo.

O bullying é um assunto sério, e merece ser tratado com toda a cautela possível. Caso você se sinta prejudicado no trabalho, não hesite em procurar ajuda e garantir seu bem-estar.

*Andreia Rego – Psicanalista e Coach de Desenvolvimento Humano – Face: https://www.facebook.com/andreiasrego?ref=hl  – Instagram: Andreia Rego – Site: http://coachandreiarego.com.br/ – E-mail: [email protected]