Coluna espírita de Lucio Cândido Rosa: Preparo para reencarnação no orbe terrestre

Quem de nós, em determinados momentos de nossa vida, não paramos para reclamar de tudo e de todos, questionando o porquê nascemos, jurando que não pedimos para nascer, e que Deus foi injusto conosco, nos dando um fardo mais pesado que possamos carregar?
Perguntas que, se analisarmos friamente, poderão ser encaradas como castigo de Deus, que não quer nos beneficiar com uma vida cheia de paz, amor e alegria.

Para que possamos encontrar respostas para maioria dessas questões, os Espíritos que alcançaram um patamar mais elevado na espiritualidade, vêm nos mostrar uma realidade diferente daquela que estamos acostumados.
Nascemos no lar que precisávamos, porque ali estão todos nossos afetos e desafetos desta vida ou de existências passadas.

É incalculável o trabalho elaborado para nossa vinda à Terra, pois é preciso reunir todos os personagens que virão fazer parte de nossa história por aqui, seguindo o caminho do amor ou da dor.
O corpo físico que ocupamos hoje, é aquele que merecemos e conquistamos em decorrência de outras vidas, de acordo com nosso adiantamento moral e espiritual, esteja esse corpo em perfeitas condições ou não.
Os recursos financeiros que possuímos, estão em comum acordo com as nossas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para nossas lutas terrenas.

Mediante tudo isso, que saibamos viver bem, tanto no pouco como no muito, buscando a verdadeira felicidade, utilizando-nos de tudo aquilo que serve de ferramenta para nosso crescimento espiritual rumo à perfeição.
Nosso ambiente de trabalho é aquele que elegemos espontaneamente para a nossa realização. Sendo assim, deixemos de lado o orgulho, o egoísmo e a vaidade, tratando a todos com igualdade e respeito, pois precisamos uns dos outros desde o dia que nascemos até o dia que morrermos, pois precisamos de alguém para carregar nosso caixão, além de um coveiro para enterrar o nosso corpo.

Não nos esqueçamos da equipe espiritual que nos encaminha à encarnação, nos protege no trajeto carnal, e nos recebe de volta à espiritualidade.
Os parentes e amigos são almas que atraímos com a finalidade de auxiliar-nos como anjos protetores ou algozes, que vêm como professores, nos incentivar à prática do exercício de paciência, de tolerância e do perdão.
Sendo assim, nosso destino está constantemente sob nosso controle.

Escolheremos a vida que queremos ter, recolhendo benefícios, recursos e ensinamentos dela ou do Evangelho do Cristo, para tornar o nosso fardo leve e o jugo suave.
Devemos eleger qual o melhor caminho a seguir, para ser feliz ainda nesta encarnação, sem precisar ficar esperando um paraíso cheio de ilusão e inércia, atraindo energias benéficas, conquistadas através de atitudes, pensamentos e ações vividas em função de nossa melhora interior, relacionada principalmente à transformação de nossos vícios e defeitos, buscando o que há de melhor para o bem comum.

Devemos afastar para bem longe o que não nos leva a lugar algum, modificando para melhor tudo aquilo que nos rodeia nesta existência.
Nossos pensamentos e vontades serão a chave de nossas atitudes, como fontes de atração e repulsão de energias na jornada vivenciada.
Que não reclamemos mais, nem nos façamos de vítimas, analisando e observando tudo, pois a mudança está em nossas mãos.

Reprogramemos as nossas metas buscando vivenciar o bem e viveremos melhor, pois, “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um nos pode começar agora a fazer um novo fim”. (Salve, Chico!)
Que essa seja nossa meta para o ano de 2020.
Muita paz!

* Lucio Cândido Rosa escreve quinzenalmente sobre espiritismo e espiritualidade no Jornal Cotia Agora. Quer enviar sugestão de algum tema para que ele aborde? Envie para o email [email protected]