Coluna de Rafael Oliveira: Minhas impressões sobre o disco Tranquility Base Hotel & Casino
O Indie Rock, nunca FOI meu estilo de rock preferido pelo fato de não ser POSSANTE, não ter uma energia carregada e pesada como nos estilos do hard e metal, no entanto aqui está uma banda experimental que vale a pena dar uma bela olhada nos discos, goste dela ou não é o Arctic Monkeys, que trouxe para o público o disco “Tranquility Base Hotel & Casino”, lançado originalmente em 2018, acho que só ganhou uma certa maturação na colheita do rock, agora nos últimos anos.
Como afirmei o Indie Rock sempre foi um estilo bastante POP, com uso constante de instrumentos eletrônicos, baladas energéticas, com um pouco de pitada e rebeldia do punk rock e dos pós-punk, rock alternativo e new wave e também em alguns casos do rock clássico e puro (esse último muito pouco usual).
O que me chamou bastante atenção desse disco do Arctic Monkeys é uma correspondência em especial com David Bowie, isso foi extremamente marcante nesse disco e foi possível ver em cada uma das canções, a começar por exemplo da primeira faixa do disco – “Star Treatment” – que nada mais do que a influência do falecido Bowie, parece até canção do último álbum dele – “Blackstar” que inclusive já falamos dele nesse canal (https://jornalcotiaagora.com.br/rafael-oliveira-mostra-o-ultimo-trabalho-de-david-bowie-blackstar).
O disco apesar de ter sido bem recebido pela crítica, ocupado posição de destaque nas principais paradas da música, trouxe alguns fatores experimentais incríveis, até um pouco esquisitas e fora do glorioso das canções da banda.
A canção que é faixa-título desde disco – “Tranquility Base Hotel & Casino” – me fez lembrar do som de Lazarus de David Bowie, mas uma influência no disco com toda a certeza, aquele piano ao fundo, batidas mais lentas, o vocal bastante semelhante ao Bowie, tudo se encaixa perfeitamente.
Coloquei esse disco em minha lista de pesquisas pois também gosto de ouvir sons experimentais, diferentes do núcleo duro do rock, mesmo que não seja o meu forte.
O próprio vocalista (Alex Turner) gravou o disco praticamente sozinho, o disco com um todo lembra um pouco daqueles ambientes deprimidos dos bares ou pubs, com o certo requinte tipicamente de um casino ou hotel de luxo, que mantêm os parâmetros elevados, há uma mistura de vintage, com sons alternativos, o estilo do David Bowie e até se inspirações do Pink Floyd em seus discos mais “setentistas”.
A música que levou o disco até a plataforma do You Tube foi exatamente a “Four Out Of Live” que trás uma mistura completa de David Bowie, um caldo de impressão possível.
No contexto o disco tenta explorar temas de “natureza espacial” trazendo influências dos filmes de Stanley Kubrick, levei certo tempo para associar ambos, mas é possível ver a temática do disco combinado com o estilo do produtor, ouvindo também as canções: “Science Fiction”
Vamos ao som:
Acesse os canais de mídia-Instagram: @arcticmonkeys
*Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).
