Psicóloga Regiane Campos: A alegria e o suicídio

Muitas vezes associamos o suicídio a emoção da tristeza até porque, é neste caso que pode se desenvolver a depressão mas a alegria quando fica desequilibrada, conhecida também como euforia, pode gerar em alguns momentos pensamentos suicidas.

Entendendo um pouco mais sobre alegria

A alegria é uma emoção muito desejada por todos pois, nos impulsiona para a ação, para seguir em frente e mostrar para o mundo o que temos de melhor. Só que muitas vezes, a sociedade que vivemos nos passa a mensagem de que só alcançaremos a felicidade se tivermos grandes alegrias como a compra de um bom carro, uma TV fantástica, um celular de última geração ou ainda se realizarmos uma grande viagem ou tivermos o “corpo perfeito”.
Na minha prática profissional tenho visto que esta forma de viver pode desencadear processos de euforia, que se caracterizam por uma alegria desenfreada. Alguns exemplos do comportamento eufórico são: pegar o carro em alta velocidade e ter como consequência uma multa ou um acidente, ir ao shopping e gastar todo o limite do cartão de crédito.

Qual o problema em ser feliz? Nenhum. A questão é que felicidade não existe o tempo todo

Saber que grandes conquistas não trarão a felicidade eterna nos ajuda a compreender algumas emoções que experimentamos. A neuropsicologia explica que o nosso cérebro se acostuma rapidamente com aquisições e ganhos e, tende a se adaptar, passando a perceber o fato como “algo comum”.

O aparecimento da Raiva e da Tristeza após uma alegria frustrada

A falta de consciência de que não conseguimos ser felizes o tempo todo e de que além dos grandes eventos existem as pequenas alegrias, pode gerar frustração intensa e tristeza que, sem uma atenção adequada pode gerar a sensação de um problema sem solução, podendo chegar em casos graves aos pensamentos suicidas.

Ser feliz é ruim então? Não

O que precisamos saber é que alegria, tristeza, raiva e medo fazem parte da gente e, quando sabemos disso o peso de “ter que estar feliz sempre” diminui.
Outro ponto que pode nos ajudar a passar pelos períodos de tristeza é aprender a fazer uso das pequenas alegrias.
Pequenas alegrias são situações que acontecem com relativa frequência no nosso dia a dia. São aqueles acontecimentos onde eu posso sentir pequenos prazeres. Um exemplo que gosto bastante é o de quando estou faminto e como uma refeição que pode até ser simples, mas muito bem feita, com alimentos que gosto e aprecio e eu me dou a oportunidade de contemplar esta experiência. Esta ação me ajuda a perceber a satisfação que estou tendo.
Com isso podemos tirar os seguintes aprendizados:
• Apreciar o caminho para uma grande conquista pode ser tão prazeroso quanto o evento em si .
• O exercício de se ter várias pequenas alegrias ajuda nosso cérebro a liberar substâncias que manterão por mais tempo o bem estar e a satisfação em nós.

O Lado bom da Alegria

Quando estamos alegres ficamos mais motivados e temos mais energia. Isto gera um aumento na nossa capacidade física e com isso ficamos mais produtivos.
A alegria também aumenta nossa capacidade cognitiva, pois ficamos mais criativos e conseguimos encontrar alternativas e soluções para questões que, muitas vezes, tínhamos pensado muito mas não chegamos a uma conclusão.
Por fim esta emoção melhora nossos relacionamentos interpessoais, pois quando estamos alegres ficamos mais tolerantes e pacientes com o outro; somos mais solidários e compreensivos gerando melhorias na nossa vida profissional e pessoal.

*Regiane Campos – CRP 06/ 58579 – Psicóloga Clínica e Consultora Executiva escreve quinzenalmente no Jornal Cotia Agora. Telefone: 11 9-9003-3346 
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