Coluna da bióloga Tatiana Silva: Você já ouviu falar em ecdise?

O filo dos artrópodes é constituído de animais invertebrados que agrupam milhares de espécies. É subdivido em crustáceos (por exemplo, caranguejo, siri e lagosta), aracnídeos (aranhas, escorpião, carrapato), quilópodes (lacraia e centopeia), diplópodes (piolho de cobra) e insetos.

Esses animais conseguem se adaptar a diferentes ambientes e se reproduzem facilmente. Suas principais características são as patas articuladas e a presença de uma carapaça protetora chamada de exoesqueleto, formado por quitina e em alguns casos, reforçados pela deposição de carbonato de cálcio. O exoesqueleto cobre todo o corpo do animal, menos as articulações e tem função de sustentação da musculatura (pois eles não possuem ossos), proteção e evita a perda de água.

Se você já viu, por exemplo, uma carapaça de cigarra ou de siri vazios, você já se perguntou por que isso acontece?

Conforme o animal cresce, a carapaça vai se tornando pequena. O exoesqueleto, por ser uma estrutura rígida e inflexível, impede o crescimento do animal e para que ele possa continuar crescendo, essa estrutura precisa se romper através de um processo chamado ecdise (ou muda). Ou seja, os artrópodes precisam abandonar o esqueleto velho e formar um novo e todo esse processo é controlado por ações hormonais. Esse processo ocorre várias vezes durante o crescimento do animal e só acaba quando ele chega à fase adulta. As carapaças deixadas pra trás são chamadas de exúvias.

Ficou curioso para saber como esse processo acontece? Assista a alguns desses vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=vOuFCor_qoA (ecdise de siri)

https://www.youtube.com/watch?v=xll3_0TUsoU (ecdise de cigarra)

https://youtu.be/CoGQ-IpEexA (ecdise de aranha)

*Tatiana Silva é graduada em Ciências Biológicas pela UMC- Universidade de Mogi das Cruzes e escreve no Jornal Cotia Agora