Cioeste integrará futuro Comitê de Crise da água para acompanhar o abastecimento

O Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste) terá um representante no futuro Comitê de Crise da Água, grupo que será formado pelas cidades da Região Metropolitana de São Paulo para acompanhar os problemas de abastecimento que atingem essa área.

A formação do comitê para acompanhamento da crise hídrica, a criação de um plano de contingência e ainda de um plano de comunicação sobre a crise foram dos três pedidos feitos por 30 prefeitos da região Metropolitana, na manhã de ontem, em reunião com o secretário de Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, na Praça das Artes, no Centro de São Paulo. A ideia para a reunião, que levará à formação do Comitê, foi do prefeito de São Paulo, Fernado Haddad.

O anúncio da participação do Cioeste no grupo foi feita, via redes sociais, pelo prefeito de Osasco, Jorge Lapas, que participou da reunião e acaba de ser eleito o novo presidente do consórcio regional. Também haverá participação de consórcios de outras regiões no grupo. Segundo Lapas, todos os prefeitos deram sugestões, durante a reunião, para diminuição do consumo de água. Foi proposto ainda um estudo para a criação de uma legislação municipal para combater o desperdício de água com lavagens de calçadas e carros, dentre outras práticas.

A crise de abastecimento que atinge a região Metropolitana de São Paulo atingiu seu ápice esta semana, quando a Sabesp admitiu que pode adotar um sistema severo de rodízio no abastecimento, incluindo cinco dias sem água para cada dois dias com abastecimento. Após a reunião de ontem, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi um dos maiores críticos da forma como a notícia foi dada, via imprensa. “Nós ficamos tão surpresos quanto vocês”, disse ele, a repórteres, em entrevista após o encontro.

Outra dura crítica veio do prefeito de Santo André, Carlos Grana. “Não podemos receber uma notícia como a do rodízio pela televisão. O momento é de crise e, por isso, as informações não podem ser transmitidas assim”, disse, também se referindo ao fato de que o rodízio ter sido anunciado via imprensa.

O principal reservatório da Grande São Paulo, o Cantareira – responsável pelo abastecimento de água para 6,5 milhões de moradores – operava ontem com 5,1% de sua capacidade. Para reduzir a captação de água no sistema, a Sabesp vem adotando um sistema de redução na pressão, que dura até 18 horas por dia nas cidades da região Oeste, fazendo também com que falte água nas torneiras.

Do Webdiario