Cerveja já está mais cara nas prateleiras, bares e restaurantes de Cotia

Os amantes de uma bela cervejinha gelada ganharam mais um motivo pra se preocupar neste ano: o aumento do produto. Acontece que o cenário internacional não tem sido o melhor para a bebida já há algum tempo, e tudo parece ter culminado agora, desde problemas no fornecimento ao aumento do preço dos combustíveis.

Quem ficou atento percebeu já no ano passado um aumento considerável no preço desse item, tido essencial por muitos brasileiros. De acordo com o IBGE, o preço da cerveja vendida nos mercados aumentou em média 8,7% no ano passado, enquanto nos bares e restaurantes o aumento foi de 4,8%. É o maior aumento desde 2015.

Nos supermercados de Cotia, já há uns 10 dias que a ‘loira’ está mais cara, algumas até em 10%. Há casos onde no atacado uma lata subiu de R$ 2,89 para R$ 3,29. No comércio como bares e restaurantes, o aumento já vigora em muitos pontos da cidade e nos locais mais baratos, uma garrafa de 600 ml da Skol já custa R$ 15,00, da Heineken, R$ 18,00 ou R$ 20,00. Mas, também tem aqueles estabelecimentos que exageram nos preços, como uma churrascaria na Raposo Tavares que vendia uma cerveja Original de 600ml por R$ 25,00 mesmo antes do aumento.

Para o consumidor de cervejas, o jeito é garimpar os melhores preços em mercados e adegas. No caso de consumo no balcão ou mesa, não tem jeito, vai pagar com aumento muitas vezes acima do que foi praticado pelas fábricas.

De início, o Brasil é bastante dependente das importações quanto o assunto é o setor cervejeiro. Cerca de 78% do malte, 65% da cevada e 100% do lúpulo consumidos no país são importados. Dentre os maiores parceiros comerciais do Brasil nesse setor estão os vizinhos, Uruguay e Argentina, que não tiveram suas safras afetadas por conflitos ou problemas climáticos.

No entanto, com a guerra na Ucrânia impedindo a exportação de grãos da região, e com as colheitas nos Estados Unidos menor do que o esperado, a demanda pelos ingredientes aumentaram nos mercados internacionais, elevando os preços de uma maneira geral e causando uma diminuição na quantidade dos produtos que viriam para o Brasil.

O setor ainda é dependente de uma frota própria de 40 mil para o transporte de seus produtos, o que também gerou um encarecimento no produto, dado que os combustíveis aumentaram 49%, no geral. Por outro lado, a queda do câmbio pode trazer um alívio para os bolsos.

De acordo com as estimativas da Ambev, o preço do hectolitro (medida de 100 litros) da cerveja aumentou entre 16% e 19% em 2022, já a Heineken deu um aumento de 15% em seus preços.

Do Cotia Agora com Yahoo