Biólogo de Vargem Grande Paulista mostra sua criação de baratas na internet

A paixão por animais do biólogo Gabriel Rosatto, 22, rendeu a adoção de mascotes um tanto quanto inusitados. O jovem, que trabalha com educação ambiental e mora em Vargem Grande Paulista, tem em casa um cachorro, uma gata, uma serpente e – pelo menos – nove baratas.

A história dos insetos começou apenas com um casal, que ele pegou em 2019, mas devido à rápida reprodução destes bichos, a família acabou crescendo tanto que ainda há filhotes que não foram contabilizados.

Gabriel compartilha o dia a dia com os animais em uma conta no TikTok, em que já acumula mais de 29 mil seguidores. Nos vídeos, ele explica os hábitos de cada bicho e dá mais detalhes sobre as espécies. “As serpentes são o meu maior foco e ainda têm muito preconceito em cima delas. Eu comecei a criar conteúdo em 2020, um pouco antes da pandemia, levando essa ideia de tirar esses julgamentos dos animais”, conta ao UOL.

Para além dos bichos de estimação tradicionais, Gabriel ainda cuida de uma jiboia argentina e das baratas-de-madagascar, uma espécie nativa da ilha que dá o nome a elas. “Elas vivem na natureza, diferente das daqui que vivem no meio urbano. Não voam, são bem lentas e vivem em média cinco anos. Lá, elas vivem em troncos, em coisas decompostas e se alimentam de frutas. Por isso, o terrário que construí tem que ser semelhante a essa realidade”, explica.

As primeiras baratas chegaram de uma loja que vende insetos para alimentação por intermédio de um amigo. “Eu conheci esse casalzinho e comecei a trabalhar com elas, com educação ambiental. Elas começaram a se reproduzir e podem dar até 50 filhotes por ano. Eu acabei doando alguns para amigos, outros para uma universidade. Agora, eu tenho umas nove baratas e filhotes que ainda não contei quantos são.” Gabriel diz que, quando começou a cuidar dos insetos, amigos e familiares estranharam um pouco, mas, com o tempo, acostumaram com a ideia. Em um dos vídeos publicados no TikTok, ele mostra a namorada dele afirmando que não queria ter nenhum contato com as baratas e, depois, tirando fotos com elas no rosto.

“As pessoas ainda têm bastante preconceito, nojo, agonia e medo. No começo sempre estranham, mas aí quando vão conhecendo, veem que são animais tranquilos e limpos”, diz. Apesar do apego com os animais, Gabriel revela que não deu nome às baratas. “Eu trabalho com elas nas palestras e chamo os machos de João e as fêmeas de Maria. Como tem muitas, é difícil [dar um nome].” Com os vídeos no TikTok, Gabriel espera ampliar o conhecimento do público a respeito destes insetos. “É importante porque as pessoas vão aprendendo mais. A maioria no começo tem medo, aquela agonia, não consegue ver o vídeo, mas depois acabam se interessando”.

Veja mais no perfil dele https://linktr.ee/GabrielRosatto

Do Uol