Artigo: O gigante não pode adormecer

No ano de 2015 vimos as maiores manifestações já feitas em nosso país, milhares de pessoas se reuniram na rua em diversos estados, a pauta principal: Fora Dilma. O slogan principal: “O gigante acordou”; lutamos contra um governo corrupto, acusado de cometer crimes dos mais diversos: de pedaladas fiscais que maquiavam as contas e não mostra o desastre econômico que estava sendo feito, a interferência na Petrobras para benefício de aliados do governo, a compra da refinaria de Pasadena que acusava um grave caso de corrupção e decretos assinados, dos quais resultaram em abertura de créditos suplementares; tivemos ainda este como uma continuação dos governos anteriores de Lula, onde vimos compra de parlamentares por meio do mensalão, corrupção nas empreiteiras da Odebrecht onde Lula se beneficiou com propinas vindas por meio de reformas em seu famoso triplex, ao sítio em Atibaia; em tudo isso vimos milhões de reais do nosso dinheiro, do pagador de imposto indo parar no bolso de parlamentares e partidos com interesses egoístas e mesquinhos.

Além da instabilidade política, ainda passamos por uma grande crise financeira, com aumento da inflação, aumento da taxa de desemprego e criminalidade em alta. O pior da imoralidade, da responsabilidade, e de um projeto de poder desastroso, se encontravam no comando do país.

Você brasileiro, não se contentou com a situação e diante de tantos escândalos decidiu se levantar e ir a rua, lutar por uma democracia justa, por um país decente, por parlamentares que realmente olhassem para os problemas reais, que saíssem um pouco de seus pedestais de Brasília, e prestassem atenção ao que está acontecendo na realidade. A maior parte da população não concorda com pessoas sem moral, sem índole, sem o mínimo de compromisso. Temos nossas necessidades aqui, precisamos de uma economia minimamente estável, e um estado que não nos assalte a cada ida ao mercado. Por isso em 2018, vimos uma renovação política, mais da metade da câmara dos deputados foi trocada, e o presidente eleito, que os levou até lá, prometiam combate a corrupção, um estado menor, mais enxuto: Menos Brasília e Mais Brasil, diziam; prometia-se reformas: tributária, administrativa, previdenciária. Tudo o que queríamos era um pouco de estabilidade e melhoria visível.

Mas infelizmente recebemos de Jair Bolsonaro, tudo o contrário, no primeiro ano de governo vimos uma fraca e difícil reforma da previdência, muita necessária por sinal, porém desidratada. Vimos sua promessa de super ministros e cartas brancas a tais serem totalmente destruídas, Moro que logo percebeu a interferência na Polícia Federal – feita para salvar a pele de Flávio Bolsonaro- logo saiu, depois de ter demonstrado um efetivo trabalho contra a criminalidade no Brasil. Depois vimos acordos sendo feitos com o STF – esse o qual o presidente e seus filhos tinham duras críticas – novamente para ficarem impunes de seus crimes, o desmonte da Operação Lava-Jato, aproximação com a banda mais podre do Centrão; lembrem que em campanha Bolsonaro dizia que iria acabar com o “toma lá, dá cá”, infelizmente nos deparamos com o “toma lá´, toma lá”, milhões de reais gastos em emendas parlamentares em troca do simples apoio para se manter no poder, as reformas administrativa e tributária, além de mal escritas não mexem com os privilégios da alta casta dos servidores públicos.

Pedimos por meio das urnas esperança, mas fomos duramente traídos. Agora diante da grave situação de pandemia em que vivemos, infelizmente perdemos a vida de mais de 500.000 brasileiros, por conta de negacionismo contra as vacinas, nas quais se gerou um atraso na aquisição, uma péssima logística, indicação de remédios que tem sua ineficácia comprovada pela ciência. Falas como: “é só uma gripezinha”, desincentivo ao uso de máscara e de medidas sanitárias; tudo isso proferido pelo presidente da república Jair Bolsonaro, ocasionaram o caos ao qual temos hoje; inflação voltando, poder de compra diminuindo, culpa da ingerência do ministro Paulo Guedes.

Novamente nos vemos numa situação desesperadora, sem muita perspectiva de mudança, temos uma oposição fraca, que nos traz como solução os mesmos erros do passado, o qual já vivemos e não devemos ter memória curta do que aconteceu, não devemos deixar a esquerda nos enganar e subir ao poder novamente. Também não podemos ficar com a traição à direita que se instala no Palácio do Planalto, na Câmara de Deputados e Senado Federal.

Temos que de novo ir às ruas, pedir impeachment, o brasileiro não pode se conformar, é um processo necessário, árduo mas eficiente, e depende de cada um de nós, depende de nos reunirmos no dia 12 de setembro, na Paulista e diversas capitais onde ocorrerão os atos. É seu dever como cidadão lutar por uma democracia, lutar por um país melhor. O impeachment depende de crimes e desses a lista já é o suficiente, mas também de vontade política, precisa de quem está lá no Congresso Nacional sentir que as ruas pedem para que eles tomem uma ação, foi assim que ocorreu com o Collor, foi com pressão popular que conseguimos tirar a Dilma e será assim que Bolsonaro será impichado também. Em São Paulo já estaremos com 100% de pessoas vacinadas com a 1ª dose e pelo menos 50% com a 2ª dose, será uma margem segura para termos aglomerações para mudar o rumo do país. Precisamos da sua divulgação, do seu engajamento.
12 de setembro precisa ser grande, precisa ser estrondoso, e isso ressalto, depende de cada um de nós.

Para receber mais informações acesse o link abaixo, o Brasil precisa de você:
https://1209euvou.com/?a=garcasdaascensao

*Laís de Souza Ferreira, 22 anos, cursando ciências biológicas, aluna da Academia MBL, time Garças da Ascensão.