Agentes da Prefeitura de São Roque desmatam propriedade particular

Segundo acusações de munícipes, agentes da Prefeitura de São Roque teriam promovido o desmatamento de uma propriedade particular localizada na no Jardim Santa Vitória.

Segundo a filha da dona da propriedade, que preferiu ter seu nome preservado, agentes da prefeitura invadiram o local e desmataram uma porção considerável da propriedade.

O caseiro do lugar viu a ação e avisou a proprietária, que questionou os agentes sobre a infração. “Minha mãe mostrou a escritura do terreno e falou que não queria que derrubassem as árvores, perguntando por que eles estavam fazendo isso. Minha mãe é uma senhora idosa e eles disseram que tinham autorização para cortarem as árvores e não deram atenção a ela”, afirma a filha.

A Guarda Municipal foi acionada e ao chegar ao local, pediu que os agentes abandonassem a propriedade. Após o ocorrido, os filhos do casal proprietário do local acionaram o Vereador Donizete P. A. Moraes, que acionou as autoridades competentes.

“Eles arrobaram o cadeado e entraram com motosserras, amarrando cordas, passando a serra e derrubando as árvores. Iram derrubar ainda mais mata se não tivessem sido abordados pela dona”, diz o vereador. De acordo com o legislador, a mata derrubada é nativa, o que caracteriza crime ambiental.

Um Boletim de Ocorrência foi feito sobre o caso e, no dia 25 de maio, a Polícia Ambiental compareceu ao local para averiguar os danos. Segundo a filha da proprietária, as autoridades interditaram o local e pediram que o mesmo fosse mantido intacto para futuras averiguações.

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de São Roque afirma que foi solicitado que funcionários cortassem uma cerca viva de ciprestes localizada na entrada do bairro Campininha, com a finalidade de abertura da estrada para poder instalar a calçada visando a acessibilidade das pessoas. Entretanto verificou-se que havia necessidade de corte de três arvores mortas que estavam no alinhamento da divisa da propriedade. Por conta deste trabalho teria sido notificada a proprietária que, com o corte das arvores, seria feito o plantio de 150 mudas de arvores nativas, bem como a colocação da cerca no local e o plantio de grama nos taludes após a execução dos serviços. “A documentação foi contestada, pois a pessoa apresentou um documento de reintegração de posse e como a prefeitura tinha um documento da proprietária da área total, houve esta divergência” afirma o governo.
Ao ser questionada sobre um suposto acordo entre as partes, para a reparação dos danos a filha da proprietária é enfática. “Não Houve nenhum acordo com a prefeitura”, afirma a mulher.

Do Jornal da Economia – Foto: Fábio Barbosa

desmasr