14 policiais da Rota suspeitos de participação em mortes são soltos

Catorze policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar, foram soltos na noite de sexta-feira (9) após o prazo da prisão temporária vencer. Eles estavam presos desde agosto suspeitos de matar dois homens durante uma perseguição em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo.

A Corregedoria da PM abriu investigação contra os policiais após desconfiar de versão sobre a perseguição. Segundo os policiais soltos, os homens estavam em um carro, não obedeceram à ordem de parada e houve troca de tiros. Dois homens morreram e um fugiu.

De acordo com uma testemunha, no dia da perseguição, os policiais já tinham sido vistos, em Guarulhos, abordando um dos homens que estavam no carro.

Os policiais estavam presos por ordem da Justiça Militar e agora o caso segue para a Justiça comum. Cabe ao Ministério Público fazer pedido de prisão caso necessário.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os 14 PMs estão afastados e trabalham na administração.

Nesta semana, oito policiais militares e um guarda civil metropolitano foram presos suspeitos de participar de chacinas na Grande de São Paulo.

Entenda o caso
A PM informou que o tiroteio ocorreu na Avenida Doutor Felipe Pinel, em Pirituba. Na data, segundo a polícia, três suspeitos resistiram à abordagem dos oficiais da Rota e teve início uma perseguição pelo matagal próximo ao local. Um dos suspeitos conseguiu fugir. Os outros dois foram baleados e morreram.

Segundo a Corregedoria da PM, os policiais deram 16 tiros em direção às vítimas. Os disparos foram feitos por quatro dos 14 PMs, que foram detidos por suspeita de assassinar, no dia anterior, outros dois homens.

O corregedor, coronel Levi Anastácio Félix, tratou o caso como “suposto confronto” porque afirmou ter indícios de que os 14 PMs da Rota forjaram a troca de tiros para justificar a execução dos dois suspeitos. “Essa ocorrência pode ter se dado diferentemente do que foi relatado pelos policiais”, comentou Félix na ocasião.

Do G1