SP defende inutilização de notas de caixas eletrônicos explodidos

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, anunciou na manhã desta quarta-feira (11) uma medida para ajudar a combater ataques a caixas eletrônicos. No dia 20 será realizada uma reunião com a Febraban – Federação Brasileira de Bancos para sugerir adoção de tecnologia que inviabilize a utilização de notas de caixas explodidos.

“O encaminhamento de uma nova legislação ao Banco Central visa acabar com esse óbice da não destruição de notas”, comentou o secretário, que explicou que na própria explosão várias notas já são destruídas.

Ainda de acordo com Alexandre de Moraes, o banco tem a possibilidade de saber o numeral de cada cédula que está nos caixas. “Com a destruição, torna-se inútil o furto ou roubo a caixas eletrônicos. Eu tenho absoluta certeza que a Febraban vai ‘andar de mãos dadas’ com o Governo do Estado para resolver rapidamente esse problema”, finalizou.

Combate a roubos de celulares

Ainda durante o evento, o secretário da Segurança anunciou que mais de 900 celulares roubados ou furtados já tiveram seus IMEIs – código que identifica o aparelho – bloqueados. O resultado é fruto de uma medida inédita, que entrou em vigor na segunda-feira (9), permitindo que a Polícia Civil solicite o bloqueio do aparelho às operadoras.

Por meio da Resolução SSP 3/2015, ao realizar o registro do boletim de ocorrência de roubo ou furto de celular, a vítima autoriza a polícia a requisitar o bloqueio do telefone. “Fizemos uma reunião com as operadoras [de telefonia] e todas concordaram em até 4 horas da comunicação [do crime] à Polícia Civil, realizar o bloqueio”, afirmou o secretário.

Caso a vítima não esteja com o número do IMEI, ela pode registrar o BO e ainda terá mais 15 dias para apresentar o código de identificação – dado que pode ser solicitado à operadora ou encontrado na própria nota fiscal.

O secretário explicou que os 900 celulares bloqueados desde segunda-feira foram furtados ou roubados antes da publicação resolução. “A polícia está usando o mecanismo e as operadoras vêm realizando rapidamente o bloqueio. Nós constituímos um grupo junto com as operadoras para ver mecanismos ainda mais rápidos e mais eficazes”, explicou Alexandre de Moraes.