Sequestro em Cotia faz com que bandidos sejam condenados pela Justiça

A Justiça de São Paulo condenou sete presos pelo sequestro da sogra do chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, em julho de 2016 em Cotia, a penas médias de 14 anos de reclusão, pelos crimes de extorsão mediante sequestro, roubo e receptação.

Os sete foram presos desde agosto de 2016, quando a polícia estourou o cativeiro em que Aparecida Schunck Flosi Palmeira, de 67 anos, era mantida sequestrada.

A decisão, do juiz José Roberto Cabral Longaretti, da 13ª Vara Criminal da Capital, está em segredo de Justiça. De acordo com a denúncia, três dos réus dirigiram-se à residência da vítima e, simulando a entrega de uma mercadoria, roubaram alguns bens e a sequestraram, conduzindo-a até o cativeiro, onde permaneceu por dez dias.

Alguns dias após os crimes, policiais conseguiram prender um dos acusados, que indicou o local onde a vítima estava. No curso das investigações, e com a prisão dos demais envolvidos, descobriu-se que o responsável por arquitetar o plano já havia prestado serviços à família da vítima como piloto de helicóptero .

Na sentença, o juiz condenou três dos presos a penas de 14 anos de reclusão pela extorsão mediante sequestro. Outro preso foi condenado a um ano de reclusão por receptação, seis anos, dois meses e 20 dias por roubos e 12 anos de reclusão pela extorsão mediante sequestro.

O quinto integrante da quadrilha foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão por roubo e14 anos de reclusão pela extorsão mediante sequestro. Já o sexto preso foi condenado a 14 anos, quatro meses e 24 dias de reclusão pela extorsão mediante sequestro.

O último preso foi condenado a 7 anos, três meses e três dias de reclusão e pelos roubos, e 14 anos e 24 dias de reclusão pela extorsão mediante sequestro, todos em regime inicial fechado.

O caso
Ao ser libertada, a sogra de Bernie Ecclestone, presidente da empresa que administra a Fórmula 1, Aparecida estava muito emocionada. “Só peço para os bandidos não sequestrar ninguém em São Paulo que eles vão presos”, afirmou. Ela agradeceu à polícia pelo fim do caso e disse que não foi machucada pelos sequestradores. Na delegacia, Aparecida abraçou uma das filhas e outros parentes.

Um policial que participou do resgate disse que a investigação levou a um primeiro suspeito e esse levou a polícia ao cativeiro. Segundo ele, o cativeiro era uma casa onde encontraram a vítima amarrada.

Do G1