Psicóloga Maristela Guadagnin: Os filhos na separação dos pais

A separação é um momento difícil para toda a família e cada criança sente o divórcio dos pais de forma diferente. A maneira como os pais conduzem à separação influência diretamente na forma como os filhos irão lidar com a situação.

Quando acontecer a decisão da separação, os pais precisam ser honestos e sinceros com seus filhos, sem esconder dos filhos que estão se separando. Cada faixa etária pede uma explicação diferente, mas o mais importante é que os pais expliquem para o filho que ele não tem qualquer parcela de culpa pela separação.

É fundamental que os pais esclareçam aos filhos que o fato de se separarem não faz com que deixem de ser seus pais e de amá-los. Que o carinho e amor que sentem pelos filhos não irão mudar, porém acontecerão alterações em suas rotinas e será necessário novas adaptações. Precisamos entender que a família não acabou, apenas se reestruturou. Afinal, não existe ex-pai e nem ex-mãe.

Também é importante que os pais estejam atentos aos comportamentos dos filhos durante o processo de separação. Algumas crianças podem apresentar mudanças de comportamento, tais como: queda no rendimento escolar, isolamento, tristeza, alteração de apetite, medo, xixi na cama, roer unha, entre outros. Nesse caso, pode ser necessário procurar um profissional, tanto para orientar os pais como lidar diante do novo contexto, como para ajudar essa criança a elaborar e entender seus medos, angústias e conflitos.

Vale lembrar que se o relacionamento não terminou bem, busque não contaminar a criança com a sua raiva. Nunca fale mal da mãe ou do pai.

*Maristela Cristina Bedinotti Guadagnin (CRP. 06/107985) é Psicóloga e Psicopedagoga e escreve no Jornal Cotia Agora. Pós graduada em Psicodiagnóstico e Avaliação Psicológica. Atua na área clínica desde 2012, realiza atendimentos presenciais e online, oficinas das emoções, orientação parental, palestras e workshops. É coautora dos livros “Relações: Conversando sobre a arte de relacionar-se” pela editora APMC e do livro: “Falando abertamente sobre a adolescência” pela DaPauta Editora.
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