Preço do arroz e feijão tem queda após alta nos últimos meses

O preço do arroz e feijão subiu 64,85% em um ano. Agora, a situação começa a melhorar.

Depois de meses subindo sem parar, o preço de alguns alimentos importantes começa a se estabilizar. É o caso de dois parceiros de séculos, que estava difícil colocar juntos na mesa dos brasileiros: o arroz e o feijão. Nos últimos 12 meses, o salto no preço desses alimentos foi de 64,85%.

Em agosto, o preço do feijão carioca, o mais consumido no país, que deu saltos galopantes desde o início do ano, parou de subir. E o melhor, registrou queda de 1,51% no mês.

O índice que mede a variação de preços para as famílias com renda entre um e dois e meio salários mínimos mostra que o preço médio da dupla mais querida do brasileiro aumenta, e muito, há mais de um ano.

Podia faltar tudo, mas o arroz e o feijão estavam ali no prato do brasileiro. Não foi o que se viu nos últimos meses. Esse casamento perfeito, daqueles duradouros, correu risco de acabar. Teve gente que até substituiu a dupla para não ter que pagar caro.

Mas existe esperança de volta à receita tradicional. O último aumento registrado, de julho para agosto, já não foi tão assustador: 1,26%. “Por sorte, a gente começou a colher agora em agosto a terceira safra do feijão. E aí o preço dele começou a cair, mas muito pouco frente ao que subiu. A dona de casa ainda deve pagar muito caro pelo quilo do produto, mas isso já mostra que nos próximos meses, boa parte desse aumento que ele acumulou nos últimos três meses, deve ser devolvido. Então, deve ficar mais fácil comer feijão. O arroz também seguiu um pouco a tendência do feijão e também subiu de preço, mas daqui a pouco também está ficando mais barato”, explica André Braz, economista da FGV.

Do Jornal Hoje