Mulher que aplicava golpe do cheque em Vargem Grande é presa no interior

Uma mulher de 22 anos foi presa, nessa quarta-feira (30), depois de confessar ter tentado descontar cheques fraudados em uma agência bancária da região central de Bauru.   
 
Segundo a Polícia Militar, Dayane Wellen Almeida Bastos afirmou ser moradora de Osasco e membro de uma quadrilha integrada por pelo menos mais quatro moradores da região Oeste de São Paulo.  
 
A organização criminosa pode ter causado prejuízo de milhares – ou até milhões – de reais em todo o Estado. À PM, Dayane afirmou que o grupo agia há cerca de seis meses. Com ela, foram apreendidos cheques que totalizavam aproximadamente R$ 17 mil e duas notas falsas de R$ 100,00. A mulher foi encaminhada à Polícia Federal de Bauru e ela, testemunhas e vítimas foram ouvidas.  
 
Em Bauru, o caso foi registrado no início da tarde, em uma agência da rua Rio Branco. A mulher foi ao estabelecimento para tentar compensar um cheque no valor R$ 5 mil, de um cliente do banco. Como esta era a segunda tentativa de descontar um alto valor em apenas três meses na mesma agência, a PM foi acionada.  
 
Segundo a polícia, a quadrilha aplicava os golpes em várias cidades, entre elas Vargem Grande Paulista, onde casos foram registrados na delegacia da cidade.  
 
O esquema  
 
Fontes ouvidas pela reportagem informaram que, depois de ter acesso a cheques emitidos por correntistas de diversos bancos, a quadrilha clonava as folhas com tamanho grau de fidelidade que até mesmo os bancários teriam dificuldades para identificar a fraude. Usando papel idêntico ao padrão determinado pelo Banco Central, o grupo reimprimia os cheques com todas as informações, adulterando apenas o valor e o número do documento. Ao final, assinava a folha, com semelhança bastante próxima à inscrição original.  
 
Crimes desta natureza, contudo, teriam se tornado frequentes, o que levou muitas instituições financeiras, a redobrar a segurança em seus procedimentos. Foi quando elas passaram a telefonar para os clientes quando alguém tentasse compensar um cheque de valor mais elevado em nome deles.  
 
Mas, para tentar burlar esta nova estratégia, de alguma forma ainda não esclarecida, os criminosos passaram a clonar o chip do celular de seus alvos.   
 
Por Tisa Moraes – JCNet