Justiça determina demolição de comércios no centro de Cotia

Uma decisão judicial obrigou a demolição de três pontos comerciais e a readequação de outro, na Rua Ovídio Passos, ao lado do cemitério central de Cotia.

Logo pela manhã desta quarta-feira (16), o promotor de Justiça, Ricardo Navarro, advogados e funcionários da prefeitura, com apoio da Guarda Civil e Demutran foram ao local com a determinação judicial para a desocupação e demolição de uma barraca de churrasco grego, uma banca de jornal e uma lanchonete (ponto do pão de queijo). Uma loja de panelas que fica na esquina foi obrigada a retirar um toldo e parte da cobertura, mas continuará funcionando no local.

A alegação é de que eles invadiram área pública. Segundo a Prefeitura de Cotia, os comerciantes foram notificados da decisão judicial há pelo menos dois meses e um prazo foi dado para a saída do local. No mês passado, antes da Festa do Peão, a prefeitura alega que mais uma vez notificou os comerciantes.

A chegada da equipe causou revolta nos comerciantes, principalmente da lanchonete. Eles alegavam que não sabiam da determinação judicial e chamaram uma advogada, que foi ao Fórum de Cotia tentar a revogação da decisão do juiz, mas, a ação foi mantida.

O dono da barraca de churrasco retirou tudo o que pôde. A banca de jornal será retirada em breve pela prefeitura, em uma operação que não danifique a estrutura.

Já a lanchonete, após muita relutância dos proprietários, foram retirados todos os equipamentos e mobiliário, além de fiação elétrica e demais componentes da estrutura, como portas e janelas.

Como demorou o trabalho, a demolição acabou ficando para a quinta-feira (17). A demolição ocorreu na parte da tarde. Mais reintegrações de posse acontecerão em Cotia em breve. Áreas públicas invadidas estão na mira do MP, tanto no Centro como na região do Portão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que dizem os comerciantes

A reportagem do Jornal Cotia Agora conversou com a família do dono da lanchonete. O filho contou que o comércio se instalou ali há 13 anos e com o passar do tempo, foram ampliando as instalações. Eles pagavam aluguel para a família que é dona de boa parte dos terrenos e imóveis daquele trecho e não sabiam que a ampliação acabou invadindo área pública.

Segundo o filho do proprietário, eles não foram notificados pela prefeitura da decisão judicial e comentou à nossa reportagem que a lanchonete tinha todas as documentações, como licença e alvará de funcionamento e até o AVCB dos Bombeiros. Lembrou também que a empresa gera 10 empregos formais, com carteira registrada e lamentou a decisão da Justiça e da Prefeitura.

O dono da lanchonete conversou rapidamente com a reportagem, lamentando o que estava ocorrendo, mas garantiu que reabrirá o comércio em outro local.

Durante as várias horas que durou a ação, muitos clientes chegaram ao local para comer, sem saber o que estava acontecendo.