Indústrias de Cotia e região começam o ano demitindo 150

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Cotia (região composta por seis municípios) apresentou resultado negativo no mês de janeiro/2017. A variação ficou em -0,26%, o que significou uma queda de aproximadamente 150 postos de trabalho.

Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -3,07%, representando uma queda de aproximadamente 1.650 postos de trabalho.

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Cotia no mês de janeiro/2017 foi influenciado pelas variações negativas de Produtos Químicos (-2,40%); Máquinas e Equipamentos (0,64%); Produtos Alimentícios (-0,19%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-0,79%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicador total da região.

Estado gera 6,5 mil postos de trabalho em janeiro

Depois de perder 518 mil postos de trabalho nos últimos três anos, a indústria paulista registrou saldo positivo de 6,5 mil vagas de emprego em janeiro, variação positiva de 0,31% na comparação com dezembro de 2016, sem ajuste sazonal. Na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal, o valor foi -0,24%. O resultado positivo do mês é o primeiro registrado desde abril de 2015, quando foram feitas 6 mil contratações. Já na análise de janeiro deste ano contra o mesmo mês do ano anterior, a variação ficou negativa em 5,73%, com demissão de 132 mil trabalhadores. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, divulgada nesta quinta-feira (16).

O diretor titular do Depecon, Paulo Francini, espera que esse seja um sinal de recuperação. “Esperamos que a indústria volto a gerar novos postos de trabalho neste ano, aponta Francini. Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp, “embora os sinais ainda sejam tênues, temos que comemorar o primeiro mês com geração de emprego depois de 20 meses de movimento negativo”.

Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 15 contrataram, 3 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis. “Ou seja, 68% dos setores acompanhados tiveram crescimento. Esse dado pode ser um sinal de que finalmente estamos num processo de retomada da geração dos empregos, de que o Brasil tanto precisa”, conclui Paulo Skaf.

O destaque setorial ficou por conta do segmento de produtos de borracha e de material plástico, com aumento de 1.969 vagas, e o de confecção de artigos de vestuários e acessórios, que gerou 1.742 postos.