História sobre o Titanic brasileiro completa 100 anos

principeInspirado em fatos reais, obra da Editora Moderna escrita por Isabel Vieira reúne romance, aventura e mistério, além de registros e fotos que ilustram os acontecimentos daquela época.

No próximo dia 5 de março acontece o centenário do maior naufrágio da costa brasileira. Vindo da Espanha para o Brasil, o transatlântico “Príncipe de Astúrias” – também conhecido como “Titanic Brasileiro” – afundou em 1916, ao chocar-se contra a Ponta de Pirabura, em Ilhabela, no litoral paulista. Além de cargas preciosas, centenas de passageiros que fugiam da Primeira Guerra Mundial estavam no navio. O clima de carnaval foi tragicamente interrompido, com uma batida rápida e devastadora, que fez a embarcação desaparecer no mar em menos de cinco minutos. Quatro anos após o naufrágio do Titanic, no Atlântico Norte, a tragédia se repetia, dessa vez em águas brasileiras.

Interessada no tema desde a década de 1970, a escritora Isabel Vieira partiu dos fatos reais para construir a história ficcional, que mistura personagens e situações verdadeiras, colhidas de relatos de sobreviventes, com outras inventadas. No livro “Príncipe de Astúrias – O Titanic brasileiro”, lançado pela Editora Moderna, o leitor irá encontrar uma obra que mistura romance, ficção e realidade ao entrelaçar a história real do naufrágio com um romance, onde os protagonistas fictícios convivem com personagens reais.

A obra conta a história de amor entre o argentino Emilio e a paulistana Mariana que começa quando os dois se conhecem pela internet e decidem se encontrar em Ilhabela. O rapaz vai para o arquipélago à procura de informações sobre o navio onde estava seu avô e naufragou ali mesmo anos atrás. Já Mariana, que está morando na cidade para cuidar de sua bisavó, acaba encontrando um diário que pertencia a sua trisavó, também de nome Mariana. Nos registros, ela descobre segredos de família que irão ajudar Emilio em sua busca e uni-los ainda mais.

Para embalar o leitor, o livro conta com registros e fotos que ilustram os fatos daquela época e imagens do navio, cedidas pelo mergulhador Jeannis Platoon. A riqueza de detalhes do enredo fica por conta da minuciosa pesquisa feita pela autora em livros, jornais e no museu náutico de Ilhabela, cidade onde ocorreu o naufrágio. No local podem ser encontrados fotos, registros e histórias dos naufrágios mais impactantes do litoral norte paulista.

Sobre a autora

Paulista de Santos, Isabel Vieira é formada em Letras e Jornalismo, com Pós-Graduação em Jornalismo Literário. Foi repórter e editora das revistas Quatro Rodas, Capricho e Claudia, em São Paulo. Em 1990, estreou na literatura juvenil com Em busca de mim, que recebeu o prêmio “O Melhor para o Jovem”, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). É autora de mais de 20 títulos para jovens leitores, entre eles E agora, mãe? e Família Online, também pela Editora Moderna. Atualmente vive em Florianópolis-SC.