Guardiões das Abelhas sem Ferrão – Parte 4

Em nossa ultima coluna abordamos as ações dos Guardiões das Abelhas Sem Ferrão que colaboram com a preservação, diversificação genética e multiplicação das colmeias destas abelhas nativas em áreas urbanizadas. Hoje vamos evoluir o tema polinização das plantas.

A polinização é o processo de transferência de grãos de pólen da antera ao estigma das flores. Isto pode ocorrer através do vento, água, pássaros, morcegos, insetos e o próprio ser humano. As abelhas são atraídas pelas cores, formas e odores das flores e este tipo de polinização é chamada de melitofilia.

A polinização ocorre nas flores. Na base das pétalas é produzido o néctar que é rico em açucares. Quando as abelhas colhem o néctar, grãos de pólen se depositam em seu corpo e ao pousarem em outra flor, elas deixarão cair o pólen na parte feminina da planta.
Após a polinização da planta, inicia-se o processo de fecundação, desenvolvimento e multiplicação através de sementes. Quando não há a polinização este ciclo se encerra e os demais seres vivos que se alimentam da planta também perecem.

O pólen é a principal fonte de alimento não líquido para as abelhas. Contém a maioria ou quase todos os nutrientes essenciais para a produção de geleia real, com a qual são nutridas as larvas jovens e da abelha responsável pela postura dos ovos e atividades da colmeia.

Sabemos que o néctar é produzido pelas flores e contém água e açucares. Ele é transportado até a colmeia pelas abelhas que atuam nas tarefas externas, já na colmeia elas transferem o néctar para as que trabalham no interior da colmeia. Elas transferem para as melgueiras e produzem vento com suas asas, a fim de evaporar a umidade e quando o mel está maturado elas são fechadas com cera.

As abelhas também colhem das árvores um tipo de resina com propriedades antibacterianas e antifúngicas que protegem o vegetal do ataque de insetos e fungos. Ao coletarem essa resina, as abelhas a levam para a colmeia. Lá, será misturada à cera e também secreções salivares, formando a própolis que será utilizada no preenchimento de espaços, falhas e rachaduras, que
podem servir de entrada do frio, predadores, embalsamar insetos ou outras abelhas intrusas que entrem na colmeia. A própolis elimina micro-organismos e outros agentes infecciosos.

Nós sabemos que a importância da polinização é ensinada nas escolas do nível fundamental e médio, mas ao entrarmos na fase profissional de nossas vidas nós temos poucas oportunidades de participar ativamente do ecossistema. É por estes fatos que nós estamos reavivando estes assuntos, pois acreditamos que, agora adultos, nós temos mais poder para colaborar com a natureza.

Como Guardião das Abelhas Sem Ferrão você também pode ter a sua colmeia de abelhas mansas e junto de seus familiares verem estes seres vivos cuidando bem da nossa flora e fauna.

Nas próximas colunas vamos falar sobre mais características das nossas Abelhas Sem Ferrão Brasileiras.

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Foto: Abelhas Jataí ao redor de seu ninho. (Demetr/Wikipedia)

Leia publicações anteriores:

Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 3ª parte

Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 2ª parte

Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 1ª parte