Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 3ª Parte

Depois de escrevermos sobre a organização das colmeias das nossas abelhas nativas, nós abordamos a multiplicação da espécie através da fundação de novas colônias em seguida e aprendemos que cada abelha é importante, desempenha o seu papel de forma organizada e que, no conjunto destas tarefas, toda a colmeia se fortalece. Partindo destes fatos hoje nós abordaremos hoje a importância da preservação das Abelhas Sem Ferrão.

Existem seres vivos que participam da natureza fazendo migrações de acordo com as mudanças estabelecidas nas estações do ano, mas as colmeias das nossas abelhas sem ferrão permanecem no mesmo local e, colaborando para a polinização das nossas plantas, elas são fundamentais para a preservação da vida no planeta.

Na natureza as abelhas sem ferrão estabelecem suas colônias em troncos ocos, pequenos espaços vazios, pedras e solos. Existem relatos de colmeias com mais de trinta anos no mesmo local, atravessando gerações com a sorte de não serem destruídas. Sabemos que muitas colmeias, mais antigas ou não, foram eliminadas e, em razão das atividades humanas, elas acabaram se adaptando, hoje vemos colmeias em ocos de muros e paredes em áreas urbanizadas.

Com avanço dos estudos sobre as nossas abelhas nativas nós podemos afirmar que o desaparecimento delas coloca em risco a flora e a fauna silvestre brasileira, pois elas são responsáveis por 90% das espécies da Mata Atlântica.

Nós Guardiões das Abelhas Sem Ferrão estamos difundindo a iniciativa de colmeias em áreas urbanas e, assim como na natureza as abelhas estabelecem uma nova colônia, encontramos um local adequado e mantemos um vínculo de apoio até que a nova colmeia esteja com autonomia para seguir progredindo.

A prática desta multiplicação das colmeias tem como princípio a preservação e ampliação da diversidade genética das abelhas nativas e da polinização das plantas.
Este processo se inicia com um contato preliminar com um aspirante à guardião. Nossos técnicos informam e colhem dados sobre o local onde ele pretende implantar a nova colônia e após a análise de viabilidade o novo guardião poderá encomendar uma colmeia.

O novo guardião receberá as instruções de cuidados básicos, contará com um suporte técnico para esclarecimento de dúvidas. As colmeias se desenvolvem com diferentes velocidades, mas a expectativa é de que a nova colônia estará autossuficiente em cento e oitenta dias.

A convivência com as abelhas nativas é bastante tranquila, não modificam o ritmo de vida dos seus Guardiões, mas continuam nos demonstrando a importância delas em nossas vidas.

Temos relatos de famílias que estão preferindo consumir alimentos que causam menos impactos no meio ambiente, outros que implantaram jardins e jardineiras em suas casas, que descobriram os diferentes sabores do mel ao longo das diversas floradas e sobretudo dos resultados positivos da nossa inteligência aplicada para o benefício de todos.

Periodicamente nós propomos palestras, cursos e ações para o desenvolvimento e crescimento dos Guardiões das Abelhas Sem Ferrão, são nestes eventos que ocorrem trocas de informações e ampliação dos nossos conhecimentos. Nas próximas Colunas vamos falar sobre mais características das nossas Abelhas Sem Ferrão Brasileiras.

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Foto: Abelhas Jataí ao redor de seu ninho. (Demetr/Wikipedia)

Leia publicações anteriores:

Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 2ª Parte

Guardiões das Abelhas sem Ferrão – 1ª parte