Grupo que fazia sequestros na região da Raposo Tavares é preso pela Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio do Dope – Departamento de Operações Policiais Estratégicas, prendeu quatro integrantes de uma organização criminosa especializada em sequestros relâmpagos e roubos na região do Rio Pequeno, na zona oeste da capital paulista. A ação aconteceu durante a operação “Sapé”.

Os trabalhos em campo são resultado de atividades investigativas e de inteligência realizadas pela Divisão Antissequestro. Segundo o apurado, as vítimas do grupo eram arrebatadas nas proximidades da Rodovia Raposo Tavares, entre os kms 13 e 18 e levadas a cativeiro, onde mediante violência e ameaças, eram obrigadas a entregar cartões e senhas. Depois de gastar todo o dinheiro, os suspeitos ainda roubavam objetos pessoais e os veículos das vítimas.

“O modus operandi deles era manter as vítimas em cativeiro no carro por um período de uma até cinco horas”, explicou o delegado Rogério Barbosa Thomaz, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Repressão a Extorsões com Restrição de Liberdade da Vítima. De acordo com o delegado, a escolha das vítimas era feita mediante oportunidade. “Eles escolhiam quem estava mais vulnerável, sozinho no carro e também aqueles que estavam em veículos mais luxuosos”, completou.

Por meio de análise de circuito de segurança na favela Sapé, os agentes conseguiram identificar os quatro criminosos e algumas vítimas os reconheceram como autores dos crimes. Sendo assim, foi solicitada e acatada pela Justiça a prisão temporária dos três criminosos adultos e a internação provisória de um adolescente, além de mandados de busca e apreensão para os endereços dos investigados.

As ordens judiciais foram cumpridas durante a operação, resultando na detenção de todos os identificados. Também foram apreendidas roupas usadas durante os delitos e outras adquiridas com os cartões bancários das vítimas. Na casa de um dos presos foram recolhidas porções de drogas, três balanças de precisão, anotações suspeitas de tráfico, placa de veículo e quatro munições de calibre 32, o que levou ao registro de um flagrante.

Todo o material, além de uma máquina para passar cartão de crédito, foi apreendido para perícia e a Polícia Civil prossegue com as investigações para identificar outras vítimas e outros envolvidos no esquema criminoso.

“É um grande trabalho da Polícia Civil, colocando esses criminosos na cadeia hoje”, destacou o diretor do Dope, delegado Osvaldo Nico Gonçalves.