Greve dos bancários começa na terça-feira. Saiba como proceder
Os bancários recusaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos e devem entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir de terça-feira (6). Será o 13º ano seguido de paralisação da categoria.
A greve já tinha sido recomendada pelo Comando Nacional dos Bancários na sexta-feira passada (25) e foi confirmada nesta quinta-feira (1º), em assembleia dos sindicatos de vários Estados e regiões. Os trabalhadores farão novas assembleias na próxima segunda-feira (5) para organizar o movimento.
A paralisação foi confirmada pelos trabalhadores de ao menos 13 Estados e 8 capitais, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.
As agências de Cotia normalmente aderem à greve dias após o início da mobilização, mas mesmo assim os clientes devem se precaver com contas e demais serviços.
Consumidor deve buscar alternativas
A greve dos bancos não tira do consumidor a obrigação de pagar as contas em dia, alerta o Procon de São Paulo.
A orientação do órgão é que os consumidores procurem as empresas que emitiram as faturas para pedir outras opções de pagamento. O comparecimento à sede da empresa e o pagamento em lotéricas ou pela internet, por exemplo, podem estar entre as opções oferecidas.
O órgão diz que o consumidor deve documentar o pedido feito às empresas, enviando um e-mail ou anotando um número de protocolo de atendimento telefônico. Esse comprovante pode evitar que ele tenha de arcar com multas e outros encargos por atraso no pagamento, caso a empresa não atenda o seu pedido. Se pagar os encargos indevidamente, a recomendação é que ele procure o Procon.
Caso a empresa dê ao consumidor outra opção de pagamento e, mesmo assim, a fatura não seja quitada em dia, ele poderá ter de pagar multa e encargos.
O que os bancários pedem?
As reivindicações gerais dos bancários são:
- Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real);
- PLR de três salários, mais R$ 7.246,82;
- Piso de R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
- Melhores condições de trabalho;
- Fim das metas abusivas e do assédio moral;
- Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações;
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
- Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
- Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Do Uol