Governo do Estado quer terceirizar merenda nas escolas
A Secretaria da Educação de São Paulo quer terceirizar a merenda das escolas estaduais, desde a compra e distribuição até toda a mão de obra envolvida no preparo dos alimentos. Para receber a comida, os alunos passarão a apresentar uma carteirinha com QR code, um código digital.
A pasta, comandada por Rossieli Soares, vai fazer uma audiência pública nesta terça-feira (22), com a presença do secretário, para discutir a viabilidade de contratar uma empresa para prestar “serviço de gestão da alimentação escolar”.
O documento base para contratação prevê que a empresa elabore novos cardápios, priorizando alimentos in natura, e cuide da aquisição dos itens, da logística de distribuição, armazenamento, higienização, e do preparo.
Além disso, também ficará responsável pela manutenção e aquisição de equipamentos e utensílios, adequação das cozinhas, dedetização e por fornecer mão de obra para preparação dos itens (merendeiras) e para limpeza das cozinhas e despensas (faxineiras).
Parte dos serviços poderão ser subcontratados e será possível acrescer ou reduzir a quantidade dos alimentos, sem alteração do preço unitário – observado limite.
A empresa deverá instalar duas câmeras em cada escola: uma dentro da cozinha e outra no local de entrega da merenda aos alunos. As imagens devem ficar armazenadas por ao menos seis meses.
A outra forma de controle da merenda será via carteirinha (impressa ou no celular) com QR code. Os alunos receberão o documento, que deverá ser apresentado para leitura óptica em dois momentos.
Primeiro, quando chegarem à escola, os estudantes terão acesso ao cardápio do dia e terão que decidir se vão comer ou não e apresentar a carteirinha ao fiscal. Após a entrada de todos do turno, o sistema de solicitação será fechado. A ideia é medir qual quantidade de refeições e lanches devem ser preparadas. Na hora de pegar a merenda, o aluno deve apresentar a carteirinha de novo.
O contrato de terceirização terá vigência de 30 meses, podendo ser prorrogado. Não há, no texto, a previsão do preço unitário de cada refeição. A rede estadual tem 5.500 escolas, com 3,5 milhões de alunos, e oferece 3 milhões de refeições por dia (parte dos alunos não come a merenda – ou traz de casa ou compra na cantina).
Da Folhapress