Geely encerra vendas no Brasil após ser ignorada por dois anos

Marca culpa crise econômica por fraco desempenho nas vendas e promete voltar quando a situação melhorar

Já viu algum carro da Geely nas ruas? Pois é, a marca chinesa que é muito rara de se ver anuncia que irá encerrar suas atividades no Brasil, até então gerenciadas pelo Grupo Gandini (que também representa a Kia por aqui). A fabricante só trabalhava com dois veículos, o sedã EC7 e o compacto GC2.

A decisão teria sido tomada de comum acordo entre José Luiz Gandini, o presidente do Grupo Gandini, e a matriz da Geely na China. Para ambos, o momento do País impede suas operações, enfrentando a queda do mercado automotivo, a alta do dólar e a impossibilidade de trazer outros carros fora da cotação de importação do Uruguai. Nunca chegou a ser ameaça para nenhuma marca, nem mesmo para suas conterrâneas. Desde 2014, emplacaram apenas 1.019 unidades, somando os dois modelos.

Começaram a operar no Brasil em 2014, com o lançamento do sedã EC7, vendido em versão única por R$ 49.990. Tentava brigar com Chevrolet Cobalt e Nissan Versa, equipado com motor 1.8 16V de 130 cv e 172 kgfm que bebe apenas gasolina. Poucos meses depois, trouxe o compacto GC2 para ser um dos carros mais baratos do Brasil, por R$ 29.990. O hatch, que tem um design inspirado em um panda, mostrava a morosidade de um, com seu motor 1.0 três cilindros de 68 cv e 8,9 kgfm de torque.

Fica a promessa de voltar caso o Brasil se recupere e mostre ter espaço para mais uma marca chinesa. A Geely já deixa avisado que dará prioridade para que o Grupo Gandini retome a representação no País, descartando uma operação própria ou mesmo em conjunto com a Volvo – a marca sueca foi comprada pela Geely em 2010.

Do iG