Ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi é condenado por venda ilegal de ingressos

O ex-presidente do Palmeiras Mustafá Contursi foi condenado pela Justiça em um processo no qual era acusado de facilitar e participar da venda ilegal de ingressos (cambismo) em jogos da equipe.

Mustafá recebeu uma pena equivalente a três anos e dez meses de reclusão. Porém, por o ex-dirigente não ter antecedentes criminais e não apresentar perigo à sociedade, entre outros motivos, o juiz decidiu transformar a pena em um pagamento equivalente a 25 salários mínimos (cerca de R$ 26 mil) para uma instituição social, além de outra multa. Ele ainda pode recorrer da decisão.

Outras duas pessoas apontadas como participantes do esquema foram condenadas. Eliane de Souza Guimarães Fontana, associada do Palmeiras, recebeu pena de dois anos e oito meses de reclusão, transformada em trabalhos sociais pelo mesmo período e doação de um salário mínimo para uma instituição, além de multa.

Já Anderson Munari foi punido com o equivalente a um ano e seis meses de reclusão, também convertidos em serviços sociais, mais doação de um salário mínimo e multa.

A investigação do esquema de venda ilegal de ingressos começou em 2017. De acordo com o inquérito, Leila Pereira, presidente da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, cedia 70 ingressos aos quais tinha direito por jogo (acertados no contrato de patrocínio) a Mustafá, para que ele doasse a sócios e convidados. O ex-dirigente, porém, teria começado a repassá-los a um cambista, que revendia por um valor muito mais alto.

A Crefisa é colocada como “assistente da acusação” no processo. Leila chegou a prestar depoimento sobre o caso no fim de 2017, para colaborar com as investigações.

O escândalo acabou com a relação entre Leila Pereira e Mustafá Contursi, que foi seu padrinho político no clube. Ele foi presidente do Palmeiras entre 1993 e 2004.

Do Globo Esporte – Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com